(Poesia, entre uma representação formal de sedução das emoções nas
palavras e na sensibilidade com que tenta evocar o silêncio do quotidiano, nos
objectos, em nós, em tudo o que vivemos e perdemos. Um olhar que parte do
feminino, para albergar outras formas de ver, de sentir, e que aborda a cidade
e o que a envolve, entre a mais simples beleza e uma economia de meios. Uma
poesia que se faz com o corpo, essa biologia que semeia e cultiva para ver as
flores e as plantas e que alberga nas palavras os silêncios mais puros).
Nome comum: Jasmim-dos-Poetas
Nome comum: Jasmim-dos-Poetas
Percorria ao anoitecer os jardins
da cidade à procura das flores
oficiais - sobem amparadas
e perfumam com a memória
do chá as ruas irregulares.
Levava uma tesoura de unhas,
insuficiente e desnecessária porque
não colhia nada que fosse vivo.
Restavam-me frases livres,
páginas dobradas, cadeiras desiguais
e os pratos vazios deixados
aos gatos.
da cidade à procura das flores
oficiais - sobem amparadas
e perfumam com a memória
do chá as ruas irregulares.
Levava uma tesoura de unhas,
insuficiente e desnecessária porque
não colhia nada que fosse vivo.
Restavam-me frases livres,
páginas dobradas, cadeiras desiguais
e os pratos vazios deixados
aos gatos.
O primeiro poema encontrei-o
numa dessas buscas
debaixo da árvore maior,
no ferro que sustenta a copa,
preso com uma mola da roupa.
numa dessas buscas
debaixo da árvore maior,
no ferro que sustenta a copa,
preso com uma mola da roupa.
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