tag:blogger.com,1999:blog-86668005608599446362024-03-14T05:10:08.250-07:00Dias TecidosNa claridade do azul-respiração das coisas, entre o vento e o mar (Sophia)Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.comBlogger655125tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-86471219201504349942022-04-15T14:44:00.001-07:002022-05-30T09:19:08.899-07:00Leituras - Ernest Hemingway | O velho e o mar <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVMLmoP-sIcdUwd79vaO-hMPO29fBL31S12MpbrojM7VeF6SLInAopirVO1AX97dOENIu51mpfAyMhSiNanPL89WEw2S536bv5TRFBNUYiGa7U1XnqDvrYHVwtEx_-DpjK2nNivB28qz8y/s1600/image.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVMLmoP-sIcdUwd79vaO-hMPO29fBL31S12MpbrojM7VeF6SLInAopirVO1AX97dOENIu51mpfAyMhSiNanPL89WEw2S536bv5TRFBNUYiGa7U1XnqDvrYHVwtEx_-DpjK2nNivB28qz8y/s320/image.jpg" width="206" /></a></div>
<div style="text-align: justify;"><p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Arial","sans-serif";">«</span><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">As nuvens por cima de terra
erguiam-se agora como serranias, e a costa era apenas uma longa linha verde com
os montes azul-cinzentos por detrás. A água era agora de um azul-escuro, tão
escuro, tão escuro que era quase púrpura. Ao olhar para o interior das águas
via o vermelho peneirar do plâncton nas águas sombrias e a estranha luz que o
Sol fazia. Observava as linhas, para vê-las sumir-se da vista pela água abaixo,
e sentia-se feliz por ver tanto plâncton, o que significava peixe. “<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> </span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><em><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">O
velho e o mar</span></em><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> publicado em 1952 é um dos
livros marcantes do século XX e da obra de um grande escritor, Ernest
Hemingway. Santiago, velho pescador desafia-se a si próprio para compreender o
mar, os peixes e o modo como os encontrar. Desafio tornado essência de vida, no
combate entre o pescador e um peixe enorme, um espadarte, numa luta difícil em
que qualquer desfecho resultará sempre na perda do outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
<em style="box-sizing: inherit;">O velho e o mar</em>é uma aventura poética,
sobre-humana de luta pela sobrevivência, de vitória sobre o perigo, ainda que dessa
vitória se perca tudo. O velho e o mar coloca em confronto a natureza e a
humanidade, revelando a dignidade desses dois mundos, as suas características,
a sua beleza, mesmo que rodeada de perigos sublimes. <em style="box-sizing: inherit;">O velho e
o mar</em> descreve essa luta de superação das próprias forças, a
do pescador, a de um pessimismo céptico pelo que não seja experimentado e a
solitária luta individual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
O velho e o mar oferece-nos uma leitura sobre esse confronto – natureza e
homem. O mar surge-nos com a sua grandiosidade natural e o homem na dimensão
mais elevada das suas possibilidades, numa luta pela sua sobrevivência. Luta
feita de um conhecimento aprendido e que revela no episódio do pássaro que não
conhece os falcões, essa ideia um pouco pessimista, ou talvez só realista, que
o não experimentado, não é conhecimento. <o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> </span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">É ainda um
livro sobre a dignidade e majestade da luta humana, mas também das águas e dos
seus habitantes graciosos, ainda que ferozes e combativos e dessa ignorância
dos que passam e não compreendem – os turistas. Tudo no livro é composto pela
ideia de dignidade, a do mar e da sua força, do homem e da sua experiência para
sobreviver, do rapaz que acolhe o velho nas suas dificuldades e este que sonha,
como última e definitiva possibilidade.<br style="box-sizing: inherit;" />
<em style="box-sizing: inherit;">O velho e o mar</em>é um livro de uma
linguagem muito descritiva, cheia de cores e cheiros, uma escrita fotográfica
com os rios de emoções numa luta essencial – ver e pensar o mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> </span></p>
<p align="center" class="has-text-align-center" style="background: white; box-sizing: inherit; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: center;"><em style="box-sizing: inherit;"><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">O
velho e o mar </span></em><span style="color: #1a1a1a; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">/ Ernest Hemingway. Porto: Porto
Editora: 2015<o:p></o:p></span></p></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-72034985809675454182022-03-15T09:51:00.002-07:002022-05-30T08:58:30.393-07:00Leituras - Sam Shepard | Espião na primeira pessoa<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: 21.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 21pt; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8iU9rejMuWQxyF73QXYxumPHu1fbtdrUVfQ51S39owBfR96HqHie8T8alC6tOvSbF1HUCZEa0GtyvDr0I1jDNPaIVaETDQpu_33DDIKuIr3VPM1lrFfTNl5h8HIdjerO0aCnT_UtoJtT7CcfTaNx0VCHMMlrRcgtdwA9vOymJuz5rclTwi8CTbQp07Q/s425/sam-shepard.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="267" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8iU9rejMuWQxyF73QXYxumPHu1fbtdrUVfQ51S39owBfR96HqHie8T8alC6tOvSbF1HUCZEa0GtyvDr0I1jDNPaIVaETDQpu_33DDIKuIr3VPM1lrFfTNl5h8HIdjerO0aCnT_UtoJtT7CcfTaNx0VCHMMlrRcgtdwA9vOymJuz5rclTwi8CTbQp07Q/s320/sam-shepard.webp" width="201" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;">“Às vezes as pessoas aparecem assim vindas não se sabe de
onde. Limitam-se a aparecer e depois a desaparecer. Muito depressa.
Precisamente como uma fotografia que emerge de um banho químico”. (página 20)</span></div><p></p>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: 21.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; margin: 0cm 0cm 21pt; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Um homem vive
no seu quarto. Dele espreita o mundo que no seu caso é uma rua. Nela vivem
casas e pessoas. Uma parece-lhe gémea dele. Vive os dias num alpendre fechado,
numa cadeira de verga, onde intermitentemente alguém o vem ajudar. Este outro
homem limita-se a baloiçar o dia inteiro. Cá fora aves chilreiam, sinais da sua
vida entre as árvores. Parecem cotovias e melros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Um homem vive no seu quarto. Tenta lembrar-se da geografia da rua, o seu
mundo e recorda que esta tinha extensos pomares, diversos, como laranjeiras,
oliveiras ou limoeiros. Lembra-se do aroma, fresco como uma manhã florida de
primavera. Um homem vive no seu quarto e dessa rua próxima lembra-se de algo
mais distante, os lugares de um caminho, onde em tempos sentia uma paz
existencial. Que lugar seria esse?<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Na sua mente surgem os espaços de uma memória. O mar e os surfistas da
costa ocidental, as gaivotas e os maçaricos nos seus voos pendurados de azul,
banhados de maresia, dançam no volume das ondas. Um homem vive no seu quarto e
dessa viagem entre a rua e o que se distancia na sua memória, pergunta-se, “De
onde vim realmente?” Num país estrangeiro, vazios de todos os objectos, o que
responderia cada um a esta pergunta. Nos nossos passos moram memórias de
esquecimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Um homem vive no seu quarto e observa outro, aquele que permanece o dia
num alpendre à sombra das árvores, acompanhado pela sonoridade das aves. Às
vezes torna-se difícil olhar, pois o ar ganhou cores turvas e as aves ficaram
silenciosas. O homem do alpendre baloiça-se. Poderiam estes dois homens
conhecer a relação das coisas com a sua vida, ali fixada, os sinais evidentes
do mistério? Por que acontecem as coisas? As nuvens passam, brancas, como
sonhos, as flores no alpendre oscilam ao vento e as aves voltam a chilrear.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Um homem vive no seu quarto, e do mundo que observa, a rua, o céu enorme, o
outro homem, o do alpendre decide capturar nesses instante uma outra dimensão
do tempo, décadas anteriores àquele momento, esforço e glórias, flashes entre o
cansaço dos dias. Surge-lhe a ideia de anos passados ao sabor de uma
experiência, com o tempo inicial de um conto de fadas, “era uma vez”. Dessa
memória compreende que o presente dispensa a importância das coisas e naquela
vive uma imensa fragilidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Um homem vive no seu quarto. Compreende que o passado permanece como um
fragmento, múltiplos fragmentos e sabe que naquele presente fixo num quarto,
ele é limitado como presente. É deste é que se fabricam memórias, mas que
experiência evocar naquele presente, naquela rigidez de um olhar para uma
janela, suspensa sobre a rua? Pode o presente ser curado, a sua “experiência
tangível”, algo possível para um tempo menos frágil e mais lato de significado?
Existem milagres nas coisas, ou é só acaso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
Tempo e espaço reúnem-se ali a evocar o seu sinal nas coisas, a degradação na
experiência, a progressão ou o desejo para algo mais agradável. Um homem vive
no seu quarto. Um outro homem habita no dia um alpendre, silencioso e quase
imóvel. Árvores dançam sombras, entre pomares coloridos. O que sentem? Um tempo
suspenso, entre o qual sobressaem nas ruas, flores esvoaçantes de perfumes de
outono. O pensamento fixa-se em coisas repetidas. Lá fora aves voam entre
flores. O crepúsculo leva o dia. Há sempre um depois, o que significa que algo
sempre vai acontecer, um enigmático desconhecido. O céu flui. O grande azul
expande-se entre tudo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
<strong><span face=""Candara","sans-serif"" style="mso-bidi-font-family: Arial;"> Espião na primeira pessoa</span></strong> é o derradeiro
livro de <em style="box-sizing: inherit;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="mso-bidi-font-family: Arial;">Sam Shepard</span></em>. Nele e devido a uma doença
incapacitante descreve do seu quarto, as impressões que sente sobre o seu
mundo, a rua e a melancolia, com o espaço geográfico, ou como sentimento
existencial. Livro sobre a existência vivida no espaço de uma solidão, é
sobretudo a sua voz entre os objetos observados e a memória.<o:p></o:p></span></p><p class="has-text-align-justify" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-family: Candara; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"><br /></span></p>
<p class="has-text-align-center" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background: white; box-sizing: inherit; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; orphans: 2; text-align: center; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><span style="font-family: Candara;"><em style="box-sizing: inherit;"><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Espião
na primeira pessoa</span></em><span face=""Candara","sans-serif"" style="color: #1a1a1a; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: Arial;"> / Sam Shepard. Lisboa: Quetzal:
2018.</span></span></p></div>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-55537365044507479012022-02-07T08:46:00.003-08:002022-05-30T08:50:14.123-07:00Leituras - Carson McCullers | O coração é um conquistador solitário<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HKUdRSU6SfvfV9GGArpEp5D7BsLJafe2J6J3arhTjKHquRpFBQ1bL3edcC7VefZv_lRDVH0zxIa-sj9jMpvl5JcHpUp5jVxPc9akDtK8AeuJpekqdV48v9azeu6ITXjdwM3GdV6Se39jj0OfHnjgXDCLO2Ka0eKhtMQBDQIKYVht2e9JKMX7wniLoA/s986/Screen-Shot-2017-02-02-at-16.12.28.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="986" data-original-width="647" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HKUdRSU6SfvfV9GGArpEp5D7BsLJafe2J6J3arhTjKHquRpFBQ1bL3edcC7VefZv_lRDVH0zxIa-sj9jMpvl5JcHpUp5jVxPc9akDtK8AeuJpekqdV48v9azeu6ITXjdwM3GdV6Se39jj0OfHnjgXDCLO2Ka0eKhtMQBDQIKYVht2e9JKMX7wniLoA/s320/Screen-Shot-2017-02-02-at-16.12.28.png" width="210" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"> “Aproximou-se ainda mais do mudo e baixou a voz, num sussurro embriagado: – E porque será? Porque é que persiste este milagre da ignorância? Por causa de uma única coisa: conspiração. Uma conspiração pérfida e imensa. O obscurantismo.</span>”</div><p></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Carson
McCullers escreveu nos anos quarenta um livro que retrata todo o
desapontamento, toda a angústia de universos inteiros que choram e lutam por
uma vida digna. Construído sob a atmosfera social e económica da América
sulista dos primeiros anos do século XX, O coração é um conquistador solitário
é um libelo sobre as injustiças sociais, sobre uma forma sem brilho, que
demasiadas vezes pessoas vivem, nesse desconforto que são vidas sem futuro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um conjunto de personagens desfilam desejos,
esforços, caminhos sem futuro, numa ideia de indefinição das suas vidas, de
algo concretizável, a que não chegam, embora tudo deem para serem amados e
compreendidos, tentando o emprego, o sonho, a amizade, a integração num meio, a
sociabilidade que dê sentido às suas vidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Singer e Antonopoulos, dois surdos-mudos que
se tentam organizar numa forma de vida, do mais simples possível, da coerência
de algum sentido às suas existências, da amizade capaz de construir um
quotidiano de significado. A comunidade, os outros, onde todos os gestos não
fazem sentido, quando não partilhamos um sentido de pertença. Biff, Jake Blount
e o médico negro, Drº Copeland, a luta por uma vida acima das dificuldades da
sobrevivência, os gestos antigos por uma luta de direitos e de dignidade
humana. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mick, o sonho interior, a imaginação dentro
da cabeça, a que supera todo o real adverso e insensato. Willie e Portia, entre
os caminhos de uma sociedade sem justiça, a alienação moral da comunidade negra
e a família ainda e o que pode ser neste mundo de fome e dívidas
contínuas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O coração é um conquistador
solitário é um livro sobre a natureza humana, os bloqueios do obscurantismo que
se propaga como uma doença. A doença da civilização, onde ficamos sozinhos em
cada respiração, em cada sonho.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Escrito apenas com vinte e três anos por
Carson McCullers, The heart is a lonely hunter, ou o coração é um conquistador
solitário é dos marcos da literatura do século XX. Carson McCullers, a sua
obra, a sua vida é o mundo e aquilo que não se compreende e são as pessoas,
todos aquelas que pisam territórios de fim do mundo, onde a timidez, o pudor
impede os sonhos mais básicos, os mais simples de um fazer humano. As suas
palavras são o quadro de um isolamento das pessoas dentro de si, com os outros
e toda a intolerância moral que negros e mulheres sofreram numa América sem
fim. As suas palavras maiores ficaram em quatro livros, O coração é um
conquistador solitário, A balada do café triste, Relógio sem ponteiros e
Reflexos nuns olhos de ouro, entre contos e outras narrativas. As suas palavras
são um retrato de seres abandonados, mas são mais do que isso, são o espírito
livre que se preza de narrar injustiças e com elas encontrar qualquer outra
palavra, qualquer coração que possa construir uma luz, ainda que noutra cidade,
ainda que noutro país.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"><o:p> </o:p></span></p>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-30273446623141214672022-01-24T08:31:00.001-08:002022-05-30T08:42:18.631-07:00Leituras - Herman Hesse | O último Verão de Klingsor<div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg5Dp2ZIds8unSKJaNWyVTCAdnzaaXtAuZGe_wy5sA8fn6GF6GZIuJQKWj5dFpScaFPGB9UyynCFzzuvPOPRdEmR5Ns_7BvGb8QbTPjKhBDlt3CHdU2Cy2-14LOgIiWwE4lwMIFzebkxCcEi6ipM2uyJXsHnIRe3jSQj-a2UEOds6Kls1qwPn0a1cSMg/s403/o-c39altimo-verc3a3o-de-klingsor.webp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="261" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg5Dp2ZIds8unSKJaNWyVTCAdnzaaXtAuZGe_wy5sA8fn6GF6GZIuJQKWj5dFpScaFPGB9UyynCFzzuvPOPRdEmR5Ns_7BvGb8QbTPjKhBDlt3CHdU2Cy2-14LOgIiWwE4lwMIFzebkxCcEi6ipM2uyJXsHnIRe3jSQj-a2UEOds6Kls1qwPn0a1cSMg/s320/o-c39altimo-verc3a3o-de-klingsor.webp" width="207" /></a></div>“(…) e se pude dar um
sentido à minha existência, isso só foi possível através de uma inversão e uma
introversão radicais, pela despedida de tudo o que conhecia até então, através
de uma tentativa de me colocar entre os anjos.” (pág. 113)<o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Os primeiros anos do
século XX edificaram o fim de um tempo, que tinha sido uma sociedade, que em
muitos aspetos ainda procurava um sentido de harmonia, onde as possibilidades e
os sonhos ainda tinham lugar. A incerteza e a dúvida, a degradação da vida
humana, a anarquia e o caos nasceram amplamente no século XX, nas vésperas dos
anos vinte de novecentos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"> </span><span style="font-family: Candara, "sans-serif";"> </span><span style="font-family: Candara, "sans-serif";">A arte de viver, a valorização do belo, a
sensatez e a nobreza de espírito foram sendo valores em queda, princípios que o
século XIX tinha vivido, na sua própria memória. Com o novo século algo se
rompe e o mundo que se vê nascer é de um horror pela violência industrial, com
que as guerras introduziram a morte e a degradação da vida humana.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"> As democracias iniciadas em diferentes locais
da Europa sob a forma de repúblicas constitucionais tinham em si dificuldades
de organização que tornaram muito difícil responder às contradições da
industrialização emersas entre as novas ideias socialistas, a pobreza do
operariado e o enriquecimento de uma burguesia ascende em poder económico e
político. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"> </span><span style="font-family: Candara, "sans-serif";">O Último Verão de
Klingsor é uma de Herman Hesse, datado de 1920 e é um livro com muitos
elementos autobiográficos, pois ele responde como um retrato desse mundo
perdido, logo no início da segunda década do século XX, é o testemunho da perda
dessa paisagem e ao mesmo tempo enuncia uma das formas possíveis de sobreviver
a esse caos. História de um pintor e da sua procura por algo que possa
permanecer, ou tão só na capacidade de entender o efémero, O Último Verão em
Klingsor é uma visita a uma lembrança, a de um Verão concreto que busca no
natural, ainda uma forma de libertação para criação de algo novo, diverso que
libertasse o coração dos desastres vividos com o conflito de 1914-1918.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";"> </span><span style="font-family: Candara, "sans-serif";">A perda desse tempo e o regresso a
uma sociedade já com outras pessoas, com outra geração enunciava essa
dificuldade de encontrar um sentido para o mundo, tal como tinha sido
conhecido. A intranquilidade e a relatividade do tempo tornavam difíceis recuperar
valores antigos, como um certo sentido aristocrático da vida, ou a procura de
novas formas do belo atirou essa geração para uma dificuldade de integração
nesse novo mundo formalizado em caos e indiferença. O que Herman Hesse nos dá
com este livro é a tentativa de realizar essa viagem e construir algo novo. A
capa escolhida para esta edição, justamente os campos dourados de Vincent
Van-Gogh expressam bem essa necessidade de viver entre um mundo desajustado de
valores e ingrato para o Homem, para a sua liberdade criativa, enquanto ser
individual.</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-family: Candara, "sans-serif";"><i>O Último
Verão de Klingsor</i> </span><span style="font-family: Candara, "sans-serif";">/ Herman Hesse. Lisboa: D. Quixote, 2020.</span></p></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"></span></div>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-68953633272866082602020-12-12T10:46:00.003-08:002020-12-12T10:46:31.556-08:00Leituras - Manual de sobrevivência de um escritor...<div style="text-align: center;"> <span style="font-family: Candara;">"I just want to be a kid for as long as I can."</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Candara;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdYyKgh5DFNdaD7Vcva6EX4ACpykOriZHf00ODl23Io646dUVg9Kv9TlsYBxvPkjT8zp9CJTdjF6Mhbg3w9h01QnIGAuZlWqweEHXtwAGs58ydK4ulQGA7Pc2dwXL-OBM5863ijM1XST9Y/s493/Jo%25C3%25A3o+Tordo.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="313" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdYyKgh5DFNdaD7Vcva6EX4ACpykOriZHf00ODl23Io646dUVg9Kv9TlsYBxvPkjT8zp9CJTdjF6Mhbg3w9h01QnIGAuZlWqweEHXtwAGs58ydK4ulQGA7Pc2dwXL-OBM5863ijM1XST9Y/w183-h288/Jo%25C3%25A3o+Tordo.png" width="183" /></a></div><br />A literatura nasce de uma necessidade. A de compor no visível uma voz que seja uma experiência emotiva. Na estranheza do mundo, nos seus sinais de absurdo, a palavra pode ser uma salvação, um ritual para construir algo que dê resposta a uma interrogação. A Literatura é a composição de um registo sobre nós próprios, sobre os sinais de uma beleza que emergem do caos, nesse confronto, a Arte e a Vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;">Nessas duas dimensões ficamos entre a existência, como o sinal de um divino e a sobrevivência. A Literatura vive de uma construção de extraordinário que se alimenta no que é o visível. Na geografia das histórias, estas decorrem no seu tempo, nas suas etapas narrativas, como uma dança no reino das coisas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;">A Literatura constrói-se a partir de uma experiência, num diálogo de autorias, o escritor e o leitor. Nessa tarefa de superação do esquecimento, se o escritor imagina, o leitor dá corpo a essa imaginação. É da construção feita pelo escritor que João Tordo dedicou um livro sobre esse acto mágico e de sobrevivência que é o de escrever. Em Manual de sobrevivência de um escritor, ou o pouco que sei sobre aquilo que faço, João Tordo explica-nos como a escrita nasceu em si e como conseguiu construir histórias, essas texturas do real que parecem "partir o coração", no seu discurso de imanência e que nos fazem sobreviver ao caos de um mundo estranho. Um livro a ler e a consultar para quem ama escrever, ou o pretende fazer na iluminação das palavras.<br /></span></div>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-48486179016752433662020-11-07T13:32:00.013-08:002021-02-16T16:38:09.226-08:00Leituras - Contra mim <div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqhLJ-34Ww2A264vG61-WWtZECnAnpNA8UUcBY6IPOapDuFSMsEA3rTObxfNFEekBDmRe7kG1Vh-QAu2ojkI36TsrmpBVZ94eeijlwfgTixGI8rU-_Dl76z4HGwztXOAL-icj00MulOL7/s775/Contra+mim.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="775" data-original-width="502" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqhLJ-34Ww2A264vG61-WWtZECnAnpNA8UUcBY6IPOapDuFSMsEA3rTObxfNFEekBDmRe7kG1Vh-QAu2ojkI36TsrmpBVZ94eeijlwfgTixGI8rU-_Dl76z4HGwztXOAL-icj00MulOL7/s320/Contra+mim.jpg" /></a></div> <span style="font-family: Candara;"><span>“</span><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O importante era a expectativa de as palavras fazerem
um milagre. Para mim, as palavras prometiam milagres, nunca pertenciam ao
normal. Eram instrumentos de partida. Iniciavam deslocações e mudanças
profundas. Talvez até nos impedissem o regresso, por maior esforço ou
inteligência. Abria o meu caderno como se preparasse a mesa para uma evocação.
“ (págs. 96-97).</span>
</span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Se há assunto em que a Literatura supera a História é
nas narrativas de memórias, dessa etnografia que retrata modos de vida, espaços
e tempos com o encantamento ou a desilusão de quem as viveu. Às vezes parece
quase inexplicável que nestes tempos de grande velocidade tecnológica, de
sofisticada mobilidade e de informação generalizada o encantamento pareça
distante dos dias. Entre as últimas décadas do Estado Novo e a Democracia o
país era de uma pobreza muito substantiva em largas zonas do País, com uma
incidência particular no país agrícola e interior. A infância é um país
distante, acho eu. Entra-se nele em diferentes latitudes e um dia esse território
chegou ao fim e dizem-nos, - you may leave!</span></span></p><span style="font-family: Candara;">
</span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Esse país pobre e distante do litoral criava formas de
olhar que lhe davam uma riqueza nobre. A infância que é um lugar onde se é
pequeno, quase minúsculo vê esse mundo e deslumbra-se entre a urgência de ver o
que não entende e a sua experimentação. Ouvir e ver eram as formas supremas de
tentar entender, o que era só deslumbramento, onde as coisas tinham cores,
cheiros e sabores. Nessas dificuldades de sobrevivência nascia com a infância
um espaço de magia, de lugar de referências míticas. Era difícil? Era! Mas
tinha um sentido existencial, como se fosse a própria revelação das coisas. Da
nostalgia das cores, das formas geográficas e das pessoas subsistia algo como
uma aprendizagem, ou uma inserção no que haveria de ser o mundo.</span></span></p><span style="font-family: Candara;">
</span><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Sobre essa entrada na infância alguns imaginaram
aventuras de respostas impossíveis, como que a demonstrar que o mundo, esse que
fica fora da toca coelho branco é uma irracionalidade. Outros contaram-no
dentro da ternura da própria existência. <i>O meu pé de laranja lima</i> foi um desses
marcos a inaugurar a vivência da infância dentro de um sonho por realizar, nas
franjas do que se anuncia grave e árduo. Valter Hugo Mãe fez o mesmo exercício
sobre o que significou ser criança nesse País pobre, distante do mundo, a
aprender a ser alguma coisa, entre o mistério e o desencanto, entre o sorriso e
os outros. Mas fê-lo com uma imensa autenticidade, inscrevendo-se no tempo, dando o que foi e o que ainda é.<br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O livro, <i>Contra mim</i>, é uma peça de memória sobre a infância de um
escritor, os seus medos, as suas alegrias breves, as suas capacidades para se
reinventar continuamente. O livro é de um humor e ternura tocantes e nele se
compreende como uma criança se tornou num homem inspirado, com um sentido para
encontrar nas palavras e nos outros uma forma de mudar o mundo. A linguagem
recria-se com uma substantiva criatividade e ao lê-lo o que nos é dado é uma
bela conversação. Um livro pode contar uma história, ou pode falar connosco
sobre o que já foi, sobre essa experimentação de criar uma composição de
humano. Tudo se alimenta numa experiência e na edificação de uma colecção de
palavras que juntas, como as pessoas podem criar novos significados, novos
mundos e neles dar sentido à memória dos que partiram, ou até a esses bocados
deixados em instantes para serem recriados em cada um. </span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"><span face=""Verdana","sans-serif"" style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><i>Contra mim</i> ultrapassa a
memória de um crescimento, de uma experiência social e representa o que foi o
País em tantos sítios abandonados a si próprios, providos com a magia
de quem vê. Lendo este livro ficamos mais uma vez a saber que a escrita das
palavras é uma recolha elaborada, sentida sobre um tanque cheio de vozes e
memórias, como um sinal de um tempo. <i>Contra mim</i> é uma criança a escrever, entre
a sua infância e esses “bocados de Deus”, entre a companhia de um mundo e o que
vai sabendo de si, na relação com os outros. Será talvez um dos melhores livros
de Valter Hugo Mãe. É sem dúvida, um grande livro, uma leitura afectiva do
mundo, como uma criança a escrevê-lo.</span></span></p><span style="font-family: Candara;">
</span><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Candara;"> </span></p>
</div>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-5998229374928201142020-07-26T11:55:00.003-07:002020-07-26T11:55:47.876-07:00Leituras - Raízes da vida<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwB2km_F74q8FNQ77j3ysslWEoNxTzYiQ63M10e6XWaDVqQ-rv-IgQGSoqYJAQ8rhYbqQfNjwSlCXWhrmdARra049m09AhgFqYz_8ZO1Mkxi2TK1cwP9ts9aFKHVUkVm-ltGsQAHGf5BKj/s1600/trebol-de-cuatro-hojas-0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="800" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwB2km_F74q8FNQ77j3ysslWEoNxTzYiQ63M10e6XWaDVqQ-rv-IgQGSoqYJAQ8rhYbqQfNjwSlCXWhrmdARra049m09AhgFqYz_8ZO1Mkxi2TK1cwP9ts9aFKHVUkVm-ltGsQAHGf5BKj/s320/trebol-de-cuatro-hojas-0.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"> </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"> "O
meu pensamento vagueia entre a profundidade simbólica e estética das
cores."</span><br />
<br />
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</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">Raízes
de vida</span></i><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"> é um livro
interessante para fazer uma viagem, a mais completa ou talvez a mais difícil de
todas, nestes sinais debaixo do sol e no enquadramento das estrelas. Na viagem que fazemos podemos ter muitos sinais capaz de fundar princípios que nos envolvam para o significado dos nossos gestos. Os mais evidentes parecem estar ligados ao próprio significado da vida e deste conceito raízes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">Partindo da anatomia de uma árovore, Bagão Félix acompanhado de Ana Paula Figueiras criaram uma viagem que pode ser a de cada um, mesmo com estes elementos comuns. A raiz, o caule, os ramos, as folhas, as flores e os frutos conduzem valores e sentimentos, deixando pistas para uma leitura feita por nós, em cada uma das suas vidas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">Raízes como algo que nos sustenta, nos dá substância para andar, como o amor, a esperança, ou o sonho. O caule como o que nos alimenta, ou pode dar coerência de significado, como a amizade, a lealdade ou a solidariedade. Os ramos como o que nos envolve, aquilo que é visível de nós, como a aparência, a diversidade ou a tolerância. As folhas, como aquilo que sabemos renovar, reencaminhar para novos sentidos, como a audácia, a harmonia ou o humor. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">E, ainda as Flores como aquilo que nos faz caminhar como uma sedução continuada, como a fantasia, a inocência ou a loucura. E os frutos, o que revelamos e os sinais de uma teia aos outros, como a fidelidade, a liberdade ou a doçura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">Um livro inspirador de muitas ideias para uma aventura desafiante e difícil, terna e vital, como é a vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #351c75;">Raízes de vida</span> / Bagão Félix com Ana Paula Figueira. Lisboa: Clube do autor, 2019.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">Imagem: Copyright - Innatia.com</span></div>
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<![endif]-->Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-53105020695394570482020-06-24T08:46:00.000-07:002020-07-04T08:47:45.489-07:00Biblio@rs (XVIII-XXI)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZoyis4e9eG2_BsFpwLaSZECUnGxP_rkmIY3lO1E19x1PNduok6-Av1ndPYbdfE52sF6H0EOCUKA67oFjpwz_P_pLsmd9-W3MnVWSioLb14WYAorOkOpy0NWI0qHQ5M-rPENyGD1YcXrQ2/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZoyis4e9eG2_BsFpwLaSZECUnGxP_rkmIY3lO1E19x1PNduok6-Av1ndPYbdfE52sF6H0EOCUKA67oFjpwz_P_pLsmd9-W3MnVWSioLb14WYAorOkOpy0NWI0qHQ5M-rPENyGD1YcXrQ2/s1600/3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - ideias finais (I)</span></span></span></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Tentámos
por aqui fazer uma viagem sobre a arte desde a Pré-História, as
Civilizações Pré-Clássicas e as suas principais marcas que se
desenvolveram na margem do Mediterrâneo. A Civilização Grega foi um
marco na História da Humanidade. Demos-lhe um significativo destaque.
Esta viagem poderia continuar e talvez seja uma ideia interessante
fazê-lo no próximo ano letivo, não só porque é uma componente curricular
de uma disciplina, mas porque o mundo que herdamos é feito de uma
memória que influencia o modo como pensamos e cria possibilidades para a
vida que ensaiamos construir. Para os últimos três dias, uma ideia
final e duas publicações sobre esse mar visual de grande significado que
é a Civilização Grega.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A
mitologia, as lendas, as narrativas orais foram uma das formas de
realizar uma aprendizagem para um povo disperso entre cidades-estados e
ilhas, no vasto Mediterrâneo. Esses textos deram unidade a uma cultura, a
uma língua e retratam o modo como a memória se integrava no quotidiano
da sociedade grega. Desse tempo ainda permanecem dois livros fundadores,
A Odisseia e a Ilíada, ambos atribuídos a Homero. São dois textos sobre
a procurar definir a viagem, como lugar de procura e de encontro, mas
também sobre o sentido que podemos tirar da vida. É desta realidade
última que fala a Ilíada.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Na Ilíada encontramos um poema épico que nos retrata uma figura essencial da narrativa de Homero, Aquiles. Este <span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">transtornado pela perda do amigo Pátroco mata Heitor, arrasta-o até ao túmulo
daquele e acaba por restituí-lo a Príamo, rei de Tróia. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Trata-se
de um episódio relativo à
guerra de Tróia e esta narrativa, a Ilíada coloca-nos questões muito
relevantes, que ainda nos importam. É importante compreender que estas
vozes do passado podem ainda nos fazer refletir sobre as possibilidades
do nosso próprio mundo, pois as grandes questões são as mesmas. Qual o
significado da vida, como enfrentar a perda e a finitude daquela. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A Ilíada sobre um fundo de uma narrativa épica fala-nos sobre o sofrimento humano e como é di<span class="textexposedshow">fícil
passar ao lado das dificuldades da própria vida. Como superar as
dificuldades, as surpresas que tantas vezes se encontram na vida? </span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow">É
a defesa da sua auto-estima
que faz lutar Aquiles. São os valores da sua identidade que fazem lutar
Heitor.
Valores diferentes e que comportam o valor individual, suficiente só
consigo ou
o que integra os outros. E ainda que o valor máximo é a vida. É isso que
Aquiles compreende nos momentos finais, no funeral de Heitor. A morte
como o
fim único e possível para todos os seres vivos é a lição final da
Ilíada. A vida como espaço de efemeridade, sem proteção absoluta, mas
encantadora pelo desafio de defesa de uma ideia, de um sonho, de uma
respiração.</span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"><span class="textexposedshow"></span><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Aquiles,
herói da guerra de Tróia, representação (museu de Atenas)</span></span></span></span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-69404127426823505742020-06-23T08:45:00.000-07:002020-07-04T08:46:06.269-07:00Biblio@rs (XVIII-XX)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzr4pLzVOe4HY3Q5OS0ZzerDHOMkYe9ku6NSlxunsJWSQ4qu_yqXs0cghBkTWlBnWC_QaDGkaVOKHCV-4oidP3jcz6AoMMgxINdY0Q2bScWj6yp-IWh8cqcueObdvqAdYLGI2zxNiZhlNV/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="161" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzr4pLzVOe4HY3Q5OS0ZzerDHOMkYe9ku6NSlxunsJWSQ4qu_yqXs0cghBkTWlBnWC_QaDGkaVOKHCV-4oidP3jcz6AoMMgxINdY0Q2bScWj6yp-IWh8cqcueObdvqAdYLGI2zxNiZhlNV/s1600/2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (IX)</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
Civilização Grega não permaneceu apenas no seu tempo. Influenciou os
séculos seguintes de um modo muito substantivo. A Alta Idade Média ou o
Renascimento foram apenas duas das muitas influências que deixaram. Nem
sempre nos apercebemos, mas a revolução científica nascida com o
Renascimento deveu muito a esta civilização do século V a.C., pois a
ideia do número, a linguagem matemática como forma de encontrar algo a
compreender no rela é uma ideia grega.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Na
Civilização Grega os pitagórico, os que continuaram as ideias de
Pitágoras fizeram do número um conceito essencial para tornar o real
inteligível. </span></span></span></span><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Os
pitagóricos fizeram do número uma grandeza que permitiu evoluir do conceito
aritmético ao geométrico e espacial. Inventaram o t<i>etraktys</i> que é na verdade um
triângulo em que o ponto central está equidistante dos pontos que formam o
triângulo equilátero, que <span class="textexposedshow">significa com três
lados iguais. É possível dar continuidade à série de cada ponto, de modo que se
obtêm uma figura, um "reticulado potencialmente infinito". </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-BBSlrreT2V8/XvHcK9coL1I/AAAAAAAACY8/xOd-rOqLRsoL2Zbv0Gtdav0a7BSitCbBACLcBGAsYHQ/s1600/50.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="388" data-original-width="564" height="220" src="https://1.bp.blogspot.com/-BBSlrreT2V8/XvHcK9coL1I/AAAAAAAACY8/xOd-rOqLRsoL2Zbv0Gtdav0a7BSitCbBACLcBGAsYHQ/s320/50.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="textexposedshow">Os
pitagóricos descobriram nestas harmonias geométricas uma forma de belo, um
sentido inteligível do universo, pois as harmonias aritméticas tinham
correspondência em harmonias geométricas. Na verdade os pitagóricos <span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">redefiniram o conceito do número. Uma das relações que foram
estabelecidas foram as relações matemáticas com os sons musicais e que
proporções se definiam entre os intervalos dos sons e ainda a relação entre o
comprimento de uma corda e a altura de um som. </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A ideia do belo também se
representa pela ideia de harmonia musical. Boécio na Idade Média confirmou
esta ideia de harmonia dos pitagóricos lembrando uma observação feita por
Pitágoras. Num dado dia, um ferreiro colocara martelos de diferentes pesos que
criavam sons proporcionais a essa dimensão. Sabemos que com eles a música influenciava
diferentes estados de espírito. O ato de adormecer e acordar era realizado
pelas pitagóricos como forma de verificar a modulação do som e o efeito em
cada pessoa. Talvez nem sempre o percebamos, mas a representação do belo também
se faz pela música e por esta ideia pitagórica de proporção.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Imagens: "músicos", cerâmica grega - século V a.C; <span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Michelangelo Buonarroti, Estudo para a sala dos livros
raros da bibioteca Laurenziana, Florença, c. 1516</span></span>.</span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-59154911984191032892020-06-22T08:44:00.000-07:002020-07-04T08:44:59.112-07:00Biblio@rs (XVIII-XIX)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSKyX6rPmJl-h11UT0j0k1_eS7yPlCHfqKeDaynL_ySJDzOgBUa344KXuh-v8zh7DHduQ9MEdOtfn0vyAnZmdug3F64wygEZaqOCJhE9n6kaPOdqd6t9X9CNj7Z5A563UcIm09abJxWWKM/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="255" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSKyX6rPmJl-h11UT0j0k1_eS7yPlCHfqKeDaynL_ySJDzOgBUa344KXuh-v8zh7DHduQ9MEdOtfn0vyAnZmdug3F64wygEZaqOCJhE9n6kaPOdqd6t9X9CNj7Z5A563UcIm09abJxWWKM/s1600/1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (VIII)</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></span></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">"Está já pronto outro vinho, que garante que jamais<br />
abandona ao barro o cheiro a mel da sua flor.<br />
No meio, uma árvore de incenso desprende um sacro aroma;<br />
a água está fresca, doce e pura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Aqui temos os pães e a mesa sumptuosa,<br />
carregada de queijo e de pingue mel.<br />
Ao meio, o altar está todo coberto de flores.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A música festiva domina o ambiente.<br />
Ao deus devem os homens sensatos entoar primeiro um hino,<br />
com ditos de bom augúrio e palavras puras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 4.5pt;">
<span style="color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Depois de fazer as libações e preces para procederem<br />
com justiça — pois isso é a primeira lisa —<br />
não é insolente beber até ao ponto de se poder voltara casa<br />
sem ajuda de um escravo, a menos que se seja muito idoso."<br />
<a href="https://www.facebook.com/hashtag/obelocomorepresenta%C3%A7%C3%A3o?source=feed_text&story_id=691381097677707"><span style="color: #365899; text-decoration: none; text-underline: none;"></span></a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Xenófanes de Cólofon (séc. VI-V a. C.) -<i> Hélade, Antologia de Cultura
Grega</i>. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira.<br />
Imagem: Apolo e as Ninfas, de François Girardon (1666-73), na Gruta de Apolo,
em Versalhes</span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-22509903053135185602020-06-19T08:43:00.000-07:002020-07-04T08:44:04.796-07:00Biblio@rs (XVIII-XVIII)<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (VII)</span></span></span></span><br />
</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh09pdA0BSSQKDmeQMBzOTmBla7Jb9fiUbOXoiOQXJ3Tv_ULFXv-5558TK5vGbdYsvW5NNZ5uNO3OOXJC0ea9xB3MiptZiKEqMg4lIZXSyOuMSytfglVTeBVF9NDYIQdQt2due5J0ch9dpo/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh09pdA0BSSQKDmeQMBzOTmBla7Jb9fiUbOXoiOQXJ3Tv_ULFXv-5558TK5vGbdYsvW5NNZ5uNO3OOXJC0ea9xB3MiptZiKEqMg4lIZXSyOuMSytfglVTeBVF9NDYIQdQt2due5J0ch9dpo/s1600/5.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">O ideal de belo dominou a arte e a
Civilização gregas. A beleza é uma ideia, uma abordagem de valores e uma
representação. Não se pode falar dela sem falar naqueles que pensaram o seu
sentido, as suas possibilidades, as suas possíveis faces, os filósofos. Se para
os poetas pré-Homéricos o mar e a mulher constroem a associação com o que é
belo e se com Homero é o natural que se associa à beleza, é com Sócrates e
Platão que vemos essa construção melhor se definir.</span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">Sócrates, de acordo com o seu
testemunho em <i>Memorabilia</i> de Xenofonte define a praxis artística em três
categorias: <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">a beleza ideal</span></i> (identificada pelas suas diferentes partes), <b>a
</b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">beleza espiritual</span></i><b> </b>(exprimida pelo olhar e reveladora da
alma humana, visível nas esculturas, onde os olhos eram pintados para serem mais
verdadeiros) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">a beleza útil</span></i> (a que se torna funcional). </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">Em Platão encontramos duas
concepções da beleza que se desenvolverão ao longo da História do Ocidente por
muitos séculos. Justamente </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">a beleza como harmonia e proporção das partes</span></i><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";"> e </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">a beleza como esplendor. </span></i><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">Para Platão a beleza não é algo que exista em si, como um elemento físico.
Ela existe autonomamente, distinta do suporte físico. Em Platão a beleza não
está vinculada a um determinado objeto, ela apresenta-se brilhante em qualquer
lado.</span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">A beleza não se
identifica com o que se vê, pois o corpo é para Platão uma prisão, uma caverna
que aprisiona a alma. Assim o belo necessita de uma aproximação sensível e deve
ultrapassar a visão do intelecto. Para Platão a observação das artes imitativas
torna-se prejudicial para os jovens porque lhes cultiva uma aparência. O
essencial para a compreensão e acesso ao belo seria proporcionar a beleza das
obras geométricas que se baseia na proporção e numa concepção matemática do
universo. Estas ideias irão influenciar o pensamento dos pitagóricos, que na
Grécia foram muito importantes não só na filosofia, como na área da matemática.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";">Imagem: Afrodite de
Cápua: Escultura do período clássico (século IV a.C,) aqui como cópia romana do
século II; Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. </span></div>
</div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-60053810216373284752020-06-18T08:42:00.000-07:002020-07-04T08:43:14.356-07:00Biblio@rs (XVIII-XVII)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_4pxwe6FNYhOhNRJl6PLI6QCphFVg96kS4urZO0SkMkYOn4upV8YHk84OGgkvrmHb9sOrp8FJWWtX6CPQ6JeWMZFuWbuCFrC2vUdCi9Qa5FYY5N0aRbXA7KFzdCASFv6kKZN1QWKyE_CK/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_4pxwe6FNYhOhNRJl6PLI6QCphFVg96kS4urZO0SkMkYOn4upV8YHk84OGgkvrmHb9sOrp8FJWWtX6CPQ6JeWMZFuWbuCFrC2vUdCi9Qa5FYY5N0aRbXA7KFzdCASFv6kKZN1QWKyE_CK/s1600/4.jpg" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (VI)</span></span></span></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">A
harmonia é um dos conceitos que nos permite compreender a representação do belo
na civilização grega. O conceito de harmonia é distinto conforme o período,
pois dos pitagóricos a Heráclito, de Policleto a Vitrúvio a evolução do
conceito permitiu construir uma ideia de belo. Para os primeiros pitagóricos a
harmonia fundava-se numa op<span class="textexposedshow">osição. Oposição entre
par e ímpar, ou masculino e feminino, ou unidade e múltiplo. Desta oposição
apenas uma realidade poderia assumir a perfeição. O ímpar, a recta, o quadrado
assumem um lado de bom e de belo e os seus contrários assumem o erro, a
desarmonia.</span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">
<span class="textexposedshow">Heráclito faz uma evolução desta ideia dos
pitagóricos e assume que se o real vive um conflito entre unidade e
multiplicidade importa viver dentro de uma tensão que é a da própria realidade.
O conceito de harmonia em Heráclito é feito não da ausência do que está em
desarmonia, mas do todo e do seu equilíbrio. Os pitagóricos do século IV a.C.,
integrarão as ideias de Heráclito.</span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">
<span class="textexposedshow">Assim no período mais florescente da Grécia clássica
a harmonia é construída como um equilíbrio entre entidades opostas. Entidades
que se anulam uma à outra e que de uma evidente contradição nasceria uma
harmonia fundada no conceito de simetria. A Grécia clássica assume o valor da
simetria dentro do conceito de harmonia instaurando um cânone que define o
belo. </span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow">No século IV a.C., Policleto e a sua estatuária impõe esse valor do
cânone, onde se encontram presentes aos valores das proporções no sentido
geométrico. É a proporção o seu valor mais relevante, não o equilíbrio das
partes. Vitrúvio mais tarde definirá a proporção exacta das representações do
corpo. A representação do belo na escultura não segue uma unidade fixa, mas
impõe um sentido orgânico. Os elementos do corpo devem estar adaptados ao movimento
do corpo, à sua representação, à perspectiva, ao ângulo do espectador. Para
Vetrúvio importa distinguir a proporção que representa uma técnica de simetria,
da euritmia que faz a adaptação das proporções àquilo que a visão vai observar.</span></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #1c1e21; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">
<span class="textexposedshow">Imagem: Doríforo , cópia do original de Policleto,
450 a.C., Museu Nacional Arqueológico de Nápoles</span></span></span></span></span></span></div>
</div>
</div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-20476143860323274482020-06-17T08:41:00.000-07:002020-07-04T08:42:13.561-07:00Biblio@rs (XVIII-XVI)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaggH1T0mcHSZkEX6ivxgkRsQHnQ9LxqB8sKyXcoC7i9GH3KnaHBHg4ShI1R2EdOA2AZ9hCvYVnHCnehgxa1aS5IfV1v5DPRdR_IgboUDJch9WdhHQQReW-tJH1zmiBnug8plSHXjYqpk2/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaggH1T0mcHSZkEX6ivxgkRsQHnQ9LxqB8sKyXcoC7i9GH3KnaHBHg4ShI1R2EdOA2AZ9hCvYVnHCnehgxa1aS5IfV1v5DPRdR_IgboUDJch9WdhHQQReW-tJH1zmiBnug8plSHXjYqpk2/s1600/3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (V)</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span>
</span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"> </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="background: white;">"Nas suas mãos a voz do mar dormia</span><span style="color: #1d2129;"></span></span><br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #1d2129;"> <span style="background: white;">Nos seus cabelos o vento se esculpia</span></span></span><br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #1d2129;">
</span></span>
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #1d2129;"> <span style="background: white;">A luz rolava entre os seus braços frios</span></span></span><br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #1d2129;"><span style="background: white;"> <span class="textexposedshow">E nos seus olhos cegos e vazios</span></span></span></span><br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: #1d2129;"><span style="background: white;"> <span class="textexposedshow">Boaiava o rasto branco dos navios</span></span></span><span class="textexposedshow"><span style="background: white;">." (1)</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span class="textexposedshow"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span class="textexposedshow"><span style="background: white;"><span style="background: white;"></span>
</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "trebuchet ms" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“</span><span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif";">É a coisa mais bela da terra, uma fila de cavaleiros”
diz. “Não, de infantes”. “Não, de navios”. E eu penso, belo é o que se ama.
Fazê-lo compreender é coisa muito fácil, para cada um. Helena, que via a Beleza
de muitos, escolheu como seu homem e o melhor aquele que apagou a luz de Tróia:
esqueceu a filha, os pais, e foi para longe, para onde quer Cípris, porque o
amava. […] Quem é belo, é-o enquanto está debaixo dos olhos, quem também é bom,
é-o agora e sê-lo á depois”. (2)</span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></span></span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A beleza é uma ideia, uma abordagem de valores e uma
representação. A Civilização Grega construiu um conceito para exprimir o belo. Chamou-lhe a <i>Kalokagathía</i>
e tem em si um ideal do belo dos gregos que procurava harmonizar a alma
com o corpo, a forma com o espírito. Os artistas tiveram um papel
muito importante na sua edificação material.</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> A ideia de belo define-se melhor com a aproximação do século V a.C.,
pois a ascensão económica e cultural de Atenas permite-lhe ter uma noção mais
clara do seu sentido estético. A vitória sobre os Persas no tempo de Péricles
permitiu desenvolver de modo significativo as Artes, e, como já vimos, com destaque para a pintura e a
escultura. </span><br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A reconstrução da cidade, dos seus templos era também
uma forma de revelar um orgulho do poder ateniense e permitiu dar um incentivo
ao trabalho dos artistas.</span><br />
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A Civilização Grega tem em si outras razões para essa
explosão artística. A técnica das artes figurativas gregas é de enorme alcance.
A arte grega superou em muitos aspectos a arte da Terra dos Faraós. A arte
grega faz uma aproximação entre a sua representação e a vida dos gregos. Tal
não acontecia no Egipto dominado por uma arte virada para a abstração e
organizada de uma forma muito disciplinada. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Na arte grega a escultura procura a expressão de um belo que se observe
nos corpos representados. Os grandes nomes da escultura grega (<i>Fídias</i>, <i>Míron</i> e
<i>Praxíteles</i>) procuram realizar um equilíbrio entre uma representação que seja
realista, nas formas humanas e o respeito por um cânone (kánon) específico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A escultura grega não constrói uma abstração, uma
idealização de belo, mas apenas tenta encontrar o que pode ser classificado
como uma Beleza ideal. A escultura grega tenta uma síntese em corpos vivos,
onde o belo conjuga uma ideia de corpo e alma. A beleza na Grécia Clássica
aspira a representar o esplendor do corpo numa estrutura que projete
igualmente a bondade, os valores do espírito. Esse ideal, conhecido com o
nome de <i>Kalokagathía</i> teve a sua expressão maior nos versos de <i>Safo</i> e nas
esculturas de <i>Praxíteles</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A
escultura grega não busca os pormenores da
representação. Ela
revela com grande preocupação sua, uma representação de formas humanas.
Nestas,
um pequeno fragmento de movimento ou uma seção de uma ação encontra um
equilíbrio e por isso a sua própria essência. Esta reside na
simplicidade
expressiva, mais do que nos pormenores. Houve algumas exceções, mas elas
não representaram o essencial desta ideia grega, a expressão do belo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";">(1) - </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="background: white;"><span class="textexposedshow">"A
Estátua" in <i>No tempo dividido / Sophia de Mello Breyner Andresen. </i>Lisboa: Caminho. </span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="background: white;"><span class="textexposedshow">(2) - </span></span></span></span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="background: white;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif";">Poesia de Safo (séculos VII-VI
a.C.), in Hélade: antologia da cultura grega / org. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Guimarães.<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"> </span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="background: white; color: #1d2129;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "candara" , "sans-serif";"><span style="color: black;"><span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Imagem: Auriga, século V
a.C., Museu Arqueológico de Delfos.</span></span></span> </span></span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-14592082621385802812020-06-16T08:40:00.000-07:002020-07-04T08:41:10.793-07:00Biblio@rs (XVIII-XV)<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5DzN0eM8NI8XSczu7-B4-fVXCuDUmZiveAuzRU6K8D_Onv7Kg71Y9bzXRVmD-wqyEdKmHR_M5OUrjEL4tasAvkFk3OywuCpoY9MD081cSRcJWdiWcTasSyCS4JxpljXzpKF5v36Vofg_Y/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5DzN0eM8NI8XSczu7-B4-fVXCuDUmZiveAuzRU6K8D_Onv7Kg71Y9bzXRVmD-wqyEdKmHR_M5OUrjEL4tasAvkFk3OywuCpoY9MD081cSRcJWdiWcTasSyCS4JxpljXzpKF5v36Vofg_Y/s1600/2.jpg" /></a></div>
</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (IV)</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span>
</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Nas suas mãos a voz
do mar dormia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Nos seus cabelos o
vento se esculpia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">A luz rolava entre os
seus braços frios</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">E nos seus olhos
cegos e vazios</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Boaiava o rasto
branco dos navios. (1)</span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span>
</span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">"Quem é belo é
querido, quem não é belo não é querido". (2)</span><span style="font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Expressão de Hesíodo
nas bodas de Cadmo e Harmonia em Tebas e subscritas por Eurípedes. </span><span style="font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A civilização grega até
Péricles não tinha construído ainda uma estética que formulasse uma ideia
sistematizada de Beleza. Existem diferentes ideias sobre a Beleza.</span><span style="font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> O oráculo de Delfos à
mesma pergunta respondia: "O justo é o mais belo". A Beleza está pois
associada a outros valores. Não ficou paralisado Menelau na derrota de Tróia
pelo belo seio de Helena? </span><span style="font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A Beleza
desenvolver-se-á na Grécia Clássica como os elementos perceptíveis dos
sentidos, mas também a revelação de qualidades de carácter. A Beleza entre os
Gregos desenvolveu-se de modo diferente consoante falamos dos hinos escritos,
das lendas reveladas, da poesia ou da escultura.</span><span style="font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(1) - "A Estátua" in <span style="color: #674ea7;">No tempo dividido</span> / Sophia de Mello Breyner Andresen. Lisboa: Caminho. </span><br />
<span style="font-family: "Candara","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">(2) - </span><span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Expressão de Hesíodo
nas bodas de Cadmo e Harmonia em Tebas e subscritas por Eurípedes. </span><br />
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "Candara","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><span style="font-family: "Candara","sans-serif";">Imagem: Fídias, Métopa
do Pártenon, 447-432 a.C. Londres, Museu Britânico </span></span>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-10629390285396512132020-06-15T08:38:00.000-07:002020-07-04T08:39:59.201-07:00Biblio@rs (XVIII-XIV)<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (III)</span></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif";"><i>Kouré</i> é a designação
para pequenas estatuetas que pertenceram ao período arcaico da Civilização Grega,
o que antecedeu o período clássico. As estátuas de <i>Korés</i> adotam uma atitude
convencional. Elas apresentam a oferenda de um fruto, de uma taça ou de um pássaro.
Mas cada escultura se revela individualizada pelo estilo do artista e pelo
momento da sua criação no decorrer da evolução da escultura arcaica. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQnpDEN5WN4P4rx6a8Rxho322oKfcLRV6G_8qETPwWE0JVuJ-bOiTcgherWR5GF5e1gnbGyjCZnWXOxc_ZUZJ8Ts8OkZV94ljbbF-qiksaUZpq_qV3VrBcGeQaZkKGEVILefdXQpi3zSxK/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="155" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQnpDEN5WN4P4rx6a8Rxho322oKfcLRV6G_8qETPwWE0JVuJ-bOiTcgherWR5GF5e1gnbGyjCZnWXOxc_ZUZJ8Ts8OkZV94ljbbF-qiksaUZpq_qV3VrBcGeQaZkKGEVILefdXQpi3zSxK/s200/1.jpg" width="155" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A estatuária da <i>Koré </i>tem um aspeto majestoso,
revelando robustez. As <i>Koré</i> designavam jovens mulheres e tinham sempre na
representação uma oferenda que podia ser uma ave, ou um pássaro que se
encontrava posicionado perto do peito. Existe uma rigidez plástica e uma
revelação do tipo de vestuário usado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">As <i>Korés</i> eram estatuetas oferecidas durante o período
arcaico à deusa <i>Atena</i> e encontraram-se diversas na <i>Acrópole</i> de Atenas. Em algumas
Korés da fase arcaica encontraram-se algumas representações que levaram alguns
arqueólogos a pensar tratar-se já de uma imagem de deusas, com destaque para as
que se relacionavam com a natureza, como <i>Artémis</i> deusa da caça. As <i>Korés</i> são
uma das primeiras formas para observar a representação humana e a ideia de
beleza que a Civilização Grega foi construindo, embora ela tenha mudado
significativamente no período clássico.</span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-12975658232793686372020-06-12T08:37:00.000-07:002020-07-04T08:38:52.690-07:00Biblio@rs (XVIII-XIII)<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (II)</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJRgTKRJZIy7XZwFKkeJm_18dhMxesgxiTfABfcF9FM5MByy1Z24WjM88OtB02NQHYQGfMLO45xh7aS9iZ1oUd3jXJPo-mt9ufyiOQPiS94DAEPri20Prl9wWlA8vB1FQdC4BrG28AS5H/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="139" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJRgTKRJZIy7XZwFKkeJm_18dhMxesgxiTfABfcF9FM5MByy1Z24WjM88OtB02NQHYQGfMLO45xh7aS9iZ1oUd3jXJPo-mt9ufyiOQPiS94DAEPri20Prl9wWlA8vB1FQdC4BrG28AS5H/s200/5.jpg" width="138" /></a><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif";">Adónis e Afrodite (na civilização
romana Vénus) identificam uma das formas de observar a representação do belo.
Afrodite era a deusa do amor. A mitologia fenícia e grega atribuíam a Adónis as
qualidades da beleza masculina e que se relacionou no próprio mito com os
espaços temporais ligados à natureza. </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Adónis teria nascido da casca de uma árvore, devido à
ira de Théias, rei da Síria. Afrodite maravilhou-se com a beleza do jovem e
decidiu protegê-lo. Apaixonaram-se quando Adónis já tinha crescido, o que levou
à fúria do Deus Ares. Adónis passou para o submundo, onde governava Hades e
Perséfone. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Afodite decidiu então instituir uma celebração anual
para lembrar a tragédia e a sua perda. Estas celebrações anuais ocorriam em
cidades da Grécia e da Pérsia, desde o século V a.C., durante os quais as
mulheres plantavam sementes de várias plantas em pequenos recipientes, chamados
jardins de Adónis. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Este
mito de Adónis relacionou-se com os ritos que
simbolizavam a morte das plantas e a sua germinação que simbolizava a
vida. O
mito de Adónis e de Vénus preenche de forma continuada a representação
da arte
no Ocidente e dessa representação se constrói um histórico da beleza.
Falaremos
aqui um pouco dessa evolução da ideia de beleza enquanto idealização e
representação do belo, no contexto da arte da Civilização Grega.</span>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-72283608399226303892020-06-09T08:35:00.000-07:002020-07-04T08:37:48.481-07:00Biblio@rs (XVIII-XII)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKb2lasq91DbIbhnLyPTwdWugl59lejLIrDdj-imjy5nvcFTVeXpIG-7jCdIbbEZEgmyktGW4MhRL3X4iODQfOP5Iz7bEj_OeRNxLBmYDgYS8X-aJW7ajTeit6JUKzNrBd3RJhWpuJTRcw/s1600/5B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="146" data-original-width="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKb2lasq91DbIbhnLyPTwdWugl59lejLIrDdj-imjy5nvcFTVeXpIG-7jCdIbbEZEgmyktGW4MhRL3X4iODQfOP5Iz7bEj_OeRNxLBmYDgYS8X-aJW7ajTeit6JUKzNrBd3RJhWpuJTRcw/s1600/5B.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - o belo como representação (I)</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Hoje
e há algumas décadas deixámos de lhe dar atenção. Mas a sua
representação foi durante séculos uma forma de aprimoramento por uma
ideia que tivesse na sociedade tanta substância como a verdade ou a
justiça. Durante muito tempo a sua representação edificou valores,
pensamentos, formas de estudo, técnicas artísticas e formas de ver o
nosso lugar na vida e no Universo. Falamos do belo e da sua
representação.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Mais
do que as estátuas, os templos, ou as cidades foi esse ideal que criou
uma possibilidade daquelas serem criadas e tornou possível a sua própria
materialidade. Esse ideal de belo é uma imensa dádiva da Civilização
Grega para muitos séculos que se seguiram e permitiu renovações do
pensamento, da cultura, da dimensão humana em diferentes sociedades. Os
gregos deixaram a sua voz no futuro, mesmo naquele que nós já não
viveremos; deixaram a sua inspiração para o possível de novas ideias.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Antes de falar do belo como representação importa colocar uma questão prévia. Q<span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">uando
pensamos em belo vem-nos à
mente tudo o que envolve a vida humana. E há nela uma ideia relativa da
sociedade e da cultura. O que hoje achamos belo amanhã muda de sentido,
pois os
códigos de beleza alteram-se. E, no entanto ao olharmos para a Vénus de
Milo,
ou o Discóbolo de Mirone, expressões da arte grega encontramos ali uma
representação de algo que achamos bonito, algo como uma representação
substantiva
de belo. </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"> Às vezes olhamos, gostamos e não compreendemos. Não percebemos, mas achamos bonito. Em</span></span>
muitas circunstâncias
o belo talvez seja não só o que ultrapassa a compreensão, ou que está
para além dela,
mas que é um encontro com algo de maravilhoso e que se possivelmente se
mantenha na incompreensão. Visitar um templo, ou ver um quadro, ou
admirar uma paisagem provoca-nos sentidos diferentes, mas achamos tais
observações belas. E, todavia
compreendemos a sua funcionalidade?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Desde os Gregos que a ideia de belo evoluiu. A sabedoria foi
a primeira forma de belo, foi nas palavras dos poetas que ela primeiro se
definiu, com o que conhecemos da obra de Homero e Hesíodo. O belo relaciona-se
com essa dimensão essencial de todos, a vida ainda. </span><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Como a podemos
alimentar? Com que palavras? Com que sabedoria habitaremos a vida e a sua
essência, o seu coração?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Parece
pois essencial ter
algum pensamento, descobrir nela uma sabedoria para a construir, para a
edificar. Os gregos tinham uma ideia para isso e vale a pena conhecê-la
no que será a última abordagem nestas últimas duas semanas, sobre essa
construção inteligível da vida, a que o belo e a sua representação se
encontram associados.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Imagem: Friso do Pártenon</span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-78469196452460930502020-06-08T08:26:00.000-07:002020-07-04T08:28:26.635-07:00Biblio@rs (XVIII-XI)<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGG2wWnxB3T8TRE5B_ryB6Y-FlBddU4WvWXfTODc-wolHjuNTPJrJeuJ9j0bY6DQGntT0_awYz4OqB2rUdQ-Q6eCWvMKMmhzElTComUCc_BxD0r19GxZNJZsykFcJATPPafsEGR_4cBhfs/s1600/6a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="198" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGG2wWnxB3T8TRE5B_ryB6Y-FlBddU4WvWXfTODc-wolHjuNTPJrJeuJ9j0bY6DQGntT0_awYz4OqB2rUdQ-Q6eCWvMKMmhzElTComUCc_BxD0r19GxZNJZsykFcJATPPafsEGR_4cBhfs/s1600/6a.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - As manifestações artísticas: </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">os espaços do teatro</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> O
teatro grego ficou ficou como uma das grandes contribuições daquela
civilização para os séculos que se seguiram. Os gregos não só o
inventaram, como forma de expressão de uma cultura, como lhe deram um
significado específico dentro das suas práticas religiosas e inventaram
os espaços para a sua existência. Já falámos da sua importância dentro
da Civilização Grega e do seu papel na cultura e na arte gregas. Vejamos
agora os seus espaços, porque eles significaram algo tão importante
como outras estruturas construídas por esta brilhante civilização.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O
teatro, inicialmente pensado e concretizado no interior dos rituais
religiosos ganharia pela sua popularidade um espaço próprio. A criação
de textos literários e o facto de ser apresentado no espaço dedicado a
cerimónias religiosas deu-lhe uma dimensão de sagrado que deu ao teatro
um grande papel na vida cultural da pólis. O teatro grego era composto
pelos seguintes elementos.</span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8kr4AVgbdOG4PF9DMsiLjn7alqYC6qjNcgxW8JjaLxoVLqrD5ovTfKiFy8P83U3ast-r3i-tF7aOI3fllg8o53gmF7wM2aKDmLjclkidYg92g2kKYZ8WA0TX5BHoCvVrEVRSJKI_IWfUW/s1600/teatro+grego+-+planta+baixa.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8kr4AVgbdOG4PF9DMsiLjn7alqYC6qjNcgxW8JjaLxoVLqrD5ovTfKiFy8P83U3ast-r3i-tF7aOI3fllg8o53gmF7wM2aKDmLjclkidYg92g2kKYZ8WA0TX5BHoCvVrEVRSJKI_IWfUW/s320/teatro+grego+-+planta+baixa.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1.
Bancada - esta era construída em anfiteatro e destinava-se ao público
que assistia às representações. O anfiteatro era construído em forma
circular e tinha a dimensão de 3/4 de um círculo. O teatro era
construído num declive de uma colina.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">2. Palco - O palco, também designado cena ou "proscénio" era o espaço onde os atores faziam a sua representação.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">3.
Cenário - Este tinha o aspeto semelhante ao que poderia estar à frente
de um templo ou de um palácio e enquadrava a representação e ações dos
atores. O cenário dava um fundo ao palco, permitindo um melhor
enquadramento dos atores.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">4.
Orquestra - Entre o palco e o público num espaço semicircular ficavam o
elementos que se dedicavam ao canto e aos gestos e ações mais ligadas
aos rituais. Era o espaço que tinha a maior atenção dos espetadores.</span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">5. Párodo - Era o espaço que permitia uma entrada através de um arco aberto lateralmente para o espaço da orquestra.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">É importante destacar alguns dos mais importantes teatros construídos:</span></span><br />
<ul>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O teatro de <i>Dioniso</i>, em Atenas;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O teatro de <i>Mileto</i>;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O tetaro de <i>Epidauro</i>;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O teatro de <i>Pirene</i>;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O teatro de <i>Pérgamo</i>. </span></span></li>
</ul>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> <span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Imagem: </span></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span class="tBJ dyH iFc MF7 pBj DrD IZT swG">Teatro de Herodes, na Acrópole, Atenas.</span> </span></span></span></span></div>
</div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-82442462910107710322020-06-05T08:24:00.000-07:002020-07-04T08:26:04.636-07:00Biblio@rs (XVIII-X)<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgziog_Cb_NVy2cUtN_0sUab1BzZnCOYzgw8Awh88m8l3482ip-mzLfKiDkqiZ3BSgDfmo9bbieX6H6i3jfujdWVlFM7gss3mBYQrx_Rbd92ci9khOia5hMN0LLsElWjpbPPrAHXDlfYONU/s1600/5A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="213" data-original-width="640" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgziog_Cb_NVy2cUtN_0sUab1BzZnCOYzgw8Awh88m8l3482ip-mzLfKiDkqiZ3BSgDfmo9bbieX6H6i3jfujdWVlFM7gss3mBYQrx_Rbd92ci9khOia5hMN0LLsElWjpbPPrAHXDlfYONU/s400/5A.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> A Civilização Grega - As manifestações artísticas: </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">o teatro</span></span></span></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
Civilização Grega deu ao mundo ocidental e à História da Humanidade
mais um grande contributo ao criar o Teatro no século VI a.C. As
origens do teatro fixam-se nas festas e rituais em celebração de <i>Dionísio</i>,
onde se prestava culto a deuses e heróis, se celebrava a fertilidade e a
grandeza e limitações da vida. O teatro nasce em Atenas a partir dos
cânticos aos deuses que acompanhavam um conjunto de danças. Estas
manifestações evoluíram para um figura central que declamava uma
história, mantendo-se as canções e as danças. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A partir do século V a.C., as manifestações a <i>Dionísio</i>
evoluíram e o teatro surge como uma manifestação cultural, com dimensão
de celebração religiosa, mas também de formação cívica. As
representações teatrais iniciavam-se na Primavera e realizavam-se após
os rituais religiosos. As peças apresentadas eram escolhidas e
selecionadas por alguns cidadãos. </span></span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">O teatro grego dependia de três condições: </span></span></span></span><br />
<ul>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">atores que falavam ou cantavam a partir de um texto e que podia estar em concordância ou não com um coro;</span></span></span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">um elemento que introduzia um conflito na continuação da narrativa;</span></span></span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">uma audiência que se envolvia com a ação, com o drama contado no palco.</span></span></span></span></li>
</ul>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Os
autores das peças eram designados poetas, pois o texto era em verso e
as palavras eram intercaladas na representação com música e dança. O
teatro era uma forma de os gregos conhecerem o seu passado e de
reconhecerem nas divindades e nos heróis da mitologia a sua própria
memória histórica. O teatro foi uma das grandes manifestações culturais
da Civilização Grega e era sentido como algo muito importante no seu
próprio tempo. Em Atenas chegava-se a emprestar dinheiro para os mais
pobres poderem assistir às peças representadas.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
representação era feita em teatros construídos em espaços ao ar livre,
onde o enquadramento, a paisagem, a boa sonoridade das vozes e os
recursos utilizados deveriam criar grandes sensações no público. Os
atores representavam diferentes figuras, géneros, estados de espírito,
pois só os homens podiam exercer essa função. As máscaras era outro
elemento muito importante da representação. Eram construídas de um modo
que ampliava a voz e os efeitos sonoros, apesar de muitas vezes fosse
dispensada, pois a qualidade do som nos teatros era muito boa.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">As peças dividiam-se em dois géneros, a comédia e tragédia. Na comédia narravam-se</span></span></span></span> sobretudo episódios do quotidiano. A comédia era sobretudo uma sátira de pessoas e situações da vida social da pólis. </span></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Tinha
com grande objetivo procurar que os espetadores se rissem e buscava um
efeito moral do que era contado. A introdução de excentricidades, de
figuras metade pessoas, metade animais construía um ambiente de festa.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A tragédia narrava feitos mitológicos e aspetos da vida das divindades e do que lhes sucedia, como se de pessoas se tratassem. </span></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Nestas
peças surgiam debates e
situações de confronto entre o Bem e o Mal, Deus e o Homem, o Dever e a
Liberdade. Os valores e a conduta humana eram muito discutidos, pelo
que era uma fonte de aprendizagem para os que assistiam a essas peças. </span></span></span></span><i>Aristófanes</i> na comédia e <i>Ésquilo</i>, <i>Sófocles</i> e <i>Eurípedes</i> na tragédia foram os grandes nomes do teatro grego. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Os
teatros gregos foram grandes construções da cultura grega e merecem um
destaque pela sua diversidade e pelos seus aspetos mais característicos.
Deixemos isso para a próxima publicação.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Imagem: Teatro do Epidauro, </span></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"> IV a.C., desenhado por Policleto </span></span></span></span>
</div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-32315097377842446022020-06-04T09:37:00.001-07:002020-06-04T09:38:36.574-07:00Biblio@rs (XX)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOqw6cuBRGgHV2G3XQIMWgYoKP12s35VGgMcPPtS3tQl6zIPe7zCXjkqXTALxVo_NJBRyekL-BJknLiecICoiPRlscBmRDyOFmvXJiil9OdrfmL2krBn4IVeE9f0MAxEi61Jgw8Wf_Zh3Y/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="528" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOqw6cuBRGgHV2G3XQIMWgYoKP12s35VGgMcPPtS3tQl6zIPe7zCXjkqXTALxVo_NJBRyekL-BJknLiecICoiPRlscBmRDyOFmvXJiil9OdrfmL2krBn4IVeE9f0MAxEi61Jgw8Wf_Zh3Y/s320/4.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - A educação </span></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> A
educação como a conhecemos hoje com a construção de um sistema
educativo que proporcione a formação dos jovens para a participação na
sociedade é mais uma ideia grega. Claro que para os gregos a preocupação
era a formação dos cidadãos para o governo da pólis. Não tendo muitos
habitantes da Grécia a possibilidade de participar nesse governo a ideia
era mais limitada, mas não deixa de ser uma ideia profundamente
original. A escola é assim uma criação grega, um instrumento para
preparar melhor as pessoas para a sua vida futura.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
educação na Grécia tinha um objetivo primordial que seria desejável que
ainda hoje se desejasse a sua concretização, a de formar uma pessoa
íntegra, com um personalidade exemplar. A educação grega procurava
organizar-se na formação e disciplina do corpo e do espírito. A educação
grega não pretendia apenas ensinar assuntos ou "coisas" importantes.
Pretendia que o jovem tivesse um desenvolvimento harmonioso de aspetos
tão diversos como os elementos físicos do seu corpo, ou as suas
capacidades intelectuais, artísticas e morais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A educação dos rapazes e das raparigas era muito diversa. Vejamos as principais diferenças:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1. A educação dos rapazes - esta era dividida em cinco fases:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Até
aos sete anos de idade - nesta fase a educação entre rapazes e
raparigas divergia pouco. Aquela estava a cargo da mãe e o espaço onde
isso acontecia era o gineceu. As preocupações por formar um jovem com
qualidades e virtudes já se inicia nesta fase, pois ela atravessa toda a
educação grega.</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Entre
os sete e os catorze anos - nesta fase os rapazes abandonam o espaço
familiar do gineceu e entram na escola. Os alunos eram orientados por um
"pedagogo" que introduzia aqueles na recitação de poemas, nomeadamente
os homéricos: a Ilíada e a Odisseia. Era nestes poemas que eram
exercitados valores de conduta e era neles que aprendiam a ler e a
escrever. Os rapazes nesta fase eram também introduzidos no estudo da
música e da álgebra.</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Entre
os catorze e os dezoito anos - nesta fase os rapazes abandonavam a
escola e entravam no ginásio. Estes, eram espaços de aprendizagem e
exercitação do corpo e do espírito. A matemática, o raciocínio lógico, a
preparação física eram atividades complementares e que buscavam a
educação mais completa possível para os jovens.</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Entre
os dezoito e os vinte anos - nesta fase os jovens recebiam preparação
física adequada para a utilização das diferentes armas e ser possível,
em caso de necessidade participarem na guerra, na defesa da pólis.</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
partir dos vinte anos - nesta fase os rapazes ascendiam à
possibilidade de participarem na vida da pólis como cidadãos. Com a
organização dos espaços públicos e em particular da <i>ágora</i>, falar
em público com os mais velhos, nomeadamente os filósofos era outro modo
de melhorar a sua educação pela troca e discussão de ideias. A
completar esta formação é importante referir que o teatro com as suas
representações de tragédias e comédias formava do ponto de vista cívico o
jovem adulto.</span></span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: "candara" , sans-serif;">2. A educação das raparigas </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: "candara" , sans-serif;">Esta
era muito diferente e não tinha uma estruturação de tarefas em função
da idade. Na verdade, a educação das raparigas não assumia as formas da
dos rapazes. A educação das raparigas era estritamente feita em casa.
Era a mãe que realizava a educação das raparigas, no espaço da casa a
isso destinado, o gineceu. A aprendizagem baseava-se muito nas tarefas
caseiras do quotidiano. A independência das raparigas era inexistente e
na verdade não entravam no espaço público e estavam muito dependentes da
família em jovens e do marido quando casadas. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222;"><span style="font-family: "candara" , sans-serif;">A
democracia ateniense acabou por ser limitada em muitas áreas e esta, a
da educação foi uma delas, pois os gregos consideravam essencial separar
numa pessoa os espaços públicos, dos familiares, como condição para a
participação na administração da pólis. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></div>
</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Imagem: Copyright - Cerâmica ática - séc. V a.C. - Berlin Staalitche Meseen</span></span>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-89773307017045204792020-06-03T09:36:00.000-07:002020-06-04T09:37:37.585-07:00Biblio@rs (XIX)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRn2dpwF0j96Dut3H9RhgrjN7MkbdHGk1dvrNODM2tQgX95vdv0BkHaXH-WN7mz1KR7ZV8h85a8Rxo-TirOv1UFPnKlnU5_XoBEOU71tHkzlc6zJ6ag-gvKBj1r0YQI4AvjjczLQEAi_YB/s1600/3A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="614" data-original-width="1024" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRn2dpwF0j96Dut3H9RhgrjN7MkbdHGk1dvrNODM2tQgX95vdv0BkHaXH-WN7mz1KR7ZV8h85a8Rxo-TirOv1UFPnKlnU5_XoBEOU71tHkzlc6zJ6ag-gvKBj1r0YQI4AvjjczLQEAi_YB/s320/3A.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - As Ciências e o conhecimento </span></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
aventura grega que aqui temos dado conta atingiu diferentes áreas e
domínios. Interrompemos essa viagem pelas manifestações artísticas
falando hoje um pouco da Ciência e do conhecimento científico. A
Civilização Grega alcançou um grande progresso em áreas como a Ciência, a
Arte, a Literatura, a Medicina, a Matemática, a História e a Filosofia.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O
desenvolvimento nas diferentes áreas do conhecimento e em particular
nas Ciências deve-se a um elemento desta civilização que importa muito
realçar. As diversas questões surgidas num questionamento contínuo sobre
a a vida, o homem e o cosmos foi orientado não por um pensamento
mágico, de natureza religioso, mas pelo uso da razão. Será a partir de
uma observação do real e do uso da razão que esta civilização tentará
explicar o Universo, a sua existência, assim como as particularidades da
vida do homem. É curioso que tendo criado uma metodologia de pensamento
científico não usaram o que sabiam para o desenvolver numa aplicação de
tecnologia. É essa uma das grandes diferenças entre as civilizações
grega e romana.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Podemos destacar algumas das áreas do conhecimento que se expandiram com os gregos:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1 - A Medicina - <i>Hipócrates</i>
ainda é conhecido pelos estudantes de Medicina, pelo seu conhecido
juramento e é nele que reside o início desta Ciência. A doença como uma
sintoma a ser tratado pelo corpo e não pelo espírito é algo
profundamente inovador para este tempo. A doença como algo que resultava
de um processo biológico e não de um castigo, de um "pecado" de alguma
divindade foi outro grande progresso do conhecimento grego. Passarão
muitos séculos após o período clássico em que estas ideias de grande
originalidade retrocederam a um nível que dificultou muito a vida das
sociedades e das pessoas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">2-
A Matemática - Foi a Civilização Grega que pela primeira vez criou os
fundamentos de um pensamento, capaz de ser transformado numa linguagem. <i>Pitágoras</i>
foi apenas um desses nomes que que tentou encontrar na matemática e na
sua linguagem as formas para explicar os meios a que obedecia o
funcionamento do Universo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">3-
A História - É também na Grécia que surge pela primeira vez a ideia de
recolher informações sobre o modo de vida de épocas anteriores e tentar
com elas explicar o funcionamento das sociedades no passado. A mitologia
desaparece dos modos de compreender as sociedades e é usando a razão e
os documentos que a mesma se deve realizar. <i>Tucídides</i> foi o fundador desta área do conhecimento e a próprias palavra "História" (investigação) é de origem grega.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">4
- A Filosofia - É possivelmente na área do conhecimento a grande
contribuição da Civilização Grega para a História da Humanidade. A
palavra deriva de "philein" (amar) e "sophia" (sabedoria). Alcançar ou
desejar uma forma de sabedoria era o grande objetivo desta área do
conhecimento pensada pelos gregos. Essa sabedoria seria um processo pelo
estudo das formas como o Homem vive, com aquilo que conhece e com o que
pode ser determinado como a verdade. Os valores da conduta humana
seriam assim campos de trabalho para aceder a essa desejada sabedoria.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
Filosogia com os Gregos usou uma forma nova de pensar - usando a razão
para compreender o que era o Mundo, a Natureza, a Vida e o Homem. Na
medida em que tinha em sido uma procura estava distante da mitologia.
Dirigiu-se assim para a construção de argumentos feitos como base na
razão e numa construção lógica da mesma. Existiram diferentes escolas
com diferentes filósofos, como <i>Pitágoras</i>, <i>Sócrates</i>, <i>Platão</i> ou <i>Aristóteles</i>.
A sua ação foi muito importante para a criação e valorização de um
espírito científico, suportado na razão, na observação e na
experimentação. O Renascimento do século XV e o nascimento da ciência
moderna devem muito a esta brilhante civilização. Por tudo isto não será
difícil perceber que muito do que fomos sabendo e criando dependeu
desta curiosidade natural dos gregos.</span></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Imagem: A escola de Atenas - quadro de Rafael, </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1511-12 - Museu do Vaticano </span></span>Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-26945603379910086882020-06-02T09:35:00.000-07:002020-06-04T09:36:14.197-07:00Biblio@rs (XVIII-X)<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrO_7elf-UdJe6JlRCQbt7merjgBgHdjV85pdfhq87si_e69MSB09bnUXra0HrVk47fYXcYiHTRa7AYxu5Kp1cj-rL0W3pjArXjhba9uZpqyHDFDm3PrcxXQXWNIOASB3swvqVCsfLaST8/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="364" data-original-width="563" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrO_7elf-UdJe6JlRCQbt7merjgBgHdjV85pdfhq87si_e69MSB09bnUXra0HrVk47fYXcYiHTRa7AYxu5Kp1cj-rL0W3pjArXjhba9uZpqyHDFDm3PrcxXQXWNIOASB3swvqVCsfLaST8/s320/2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> A Civilização Grega - As manifestações artísticas: </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">a cerâmica e a pintura</span></span></span></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
cerâmica pintada foi uma das grandes manifestações artísticas da
Civilização Grega. A sua exportação para toda a área do Mediterrâneo foi
um dos contributos desta civilização no Mundo Antigo que não tinha
atingido ainda este grau de exuberância. A cerâmica grega foi um dos
produtos que dava rendimento às cidades-estado e que se alargou em todo o
Mediterrâneo, tendo chegado também a zonas tão distantes como a Pérsia
ou o espaço da Europa Continental, como a Gália ou a Germânia.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
cerâmica grega difundiu-se em diferentes períodos com características
diversas. Era produzida em oficinas artesanais que de estenderam por
toda a Grécia, embora se deva destacar o papel preponderante das
oficinas atenienses. Dos diversos estilos os mais interessantes pelas
inovações foram as produções de cerâmica coríntia e a ática. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_bCeVzR9TCQ/XtZ79AVrhDI/AAAAAAAACGc/HeUqDVRLtMMiJzpKO26DT1J-33qnS4-ygCLcBGAsYHQ/s1600/2A.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="237" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-_bCeVzR9TCQ/XtZ79AVrhDI/AAAAAAAACGc/HeUqDVRLtMMiJzpKO26DT1J-33qnS4-ygCLcBGAsYHQ/s200/2A.jpg" width="104" /></a><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
cerâmica grega teve diversas formas e diferentes funções. Serviu para
uso doméstico, para fins religiosos e comerciais e até para rituais
ligados à morte. A cerâmica grega é uma das fontes para o estudo desta
civilização, pois nela se retratam episódios da vida social, económica,
cultural, quotidiana e religiosa dos gregos. A cerâmica grega permite
estudar a evolução dos elementos plásticos e expressivos da arte grega,
assim como o desenho e os elementos pictóricos e o modo como se foram
modificando.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Podemos destacar os seguintes períodos da cerâmica grega:</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">1
- séculos IX a VIII a.C. - desenvolve-se o chamado estilo geométrico
que sofreu a influência de outras culturas mediterrânicas, como a das
civilizações minóica e cretense. A decoração é feita à base de elementos
geométricos que são organizados em frisos paralelos. Nestes surgem
várias linhas onduladas e outras formas geométricas como triângulos ou
losangos, entre outros. Esta construção geométrica era feita seguindo
uma princípio muito importante, a de que existia uma linguagem abstrata
fundada em princípios matemáticos e existentes na natureza e que
organizava o próprio universo e a razão humana. São deste período as
cerâmicas de <i>Dipylon</i>.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"></span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-4j_JdQi566o/XtZ8EWwWjsI/AAAAAAAACGk/9xX6unsrRHs0u7CC8PFcLrNBcyNzdUQgACLcBGAsYHQ/s1600/3C.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="970" data-original-width="564" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-4j_JdQi566o/XtZ8EWwWjsI/AAAAAAAACGk/9xX6unsrRHs0u7CC8PFcLrNBcyNzdUQgACLcBGAsYHQ/s200/3C.jpg" width="116" /></a><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">2.
século VIII a.C. - a cerâmica grega passa a ser construída com um
elemento novo, de natureza figurativa. São representações de pessoas e
animais que são esquematizadas como silhuetas e que compõem cenas do
quotidiano, ou cerimónias ligadas à vida cultural e religiosa dos
gregos. Nesta fase chamada de arcaica surgem figuras negras emersas em
fundo vermelho. Desenvolveu-se muito na Ática e em Atenas e
caracterizava-se pela utilização de um estilete que definia os contornos
e os detalhes anatómicos. O restante espaço desenhado era emerso em
negro e com isso ganhava uma decoração de aspeto bidimensional. Nesta
fase são nomes de destaque da cerâmica grega <i>Exéquias</i> e <i>Eutímides</i>.</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">3.
século V a.C. - com todo o desenvolvimento das cidades-estados e do
domínio de Atenas no Mediterrâneo e no Mar Negro inicia-se na pintura da
cerâmica a introdução de elementos orientalizantes. A decoração de
figuras de natureza mitológica, com uma mistura de animais e figuras
humanas e vegetais. Este período estende-se até ao século IV a.C., e é a
fase de maior qualidade da cerâmica grega. </span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_r2irPwXzFA/XtZ8Acg5lvI/AAAAAAAACGg/k9pd6YJX0Z4o13ER0wWwYz6EO25AeaVcgCEwYBhgLKs0DAL1Ocqwy1cc5TOfjOZ5XqbIgZh1OZPHE0T0Nvw2g1u20CEUkLBwDLaE1FSMX1dLwu2gBiVQcWbvkd4vjy0d-x6ERKUpD5NziBAdj4Ql6zSYphlvNxfPM0jMPhTOUO__h_Uw7Z2Gs5Q8sDa3VA8C70WNmQBTq0mPxpHw-n5c-Halsw2VivsCcOmSiqBZQgMpFsfAtpEH436mu603vAwX5xI8rlYGAuoWvjz5Soiy9RW0v8JbV2k9o1l8LGbjhLs3PBCQ5OjdMPL8W16pNTm82bHJHx5F1otzeXhzteeEiSq4E0aKDElb0u1E2JZh6Jw28X6_CQwvv7OUGPOMn5JhlPNbc8TsJl36pO8dXkTRjA2EOZkzWntC0KvlkMhbH3GxusYJulHtl8dW0jMqdAr0UT-_Slw_DKrR7oGh5w1enYcKj-qLNxbAvf60du_AIjIDuKtdFHqR_Yxib3WZnaIAJeNQOXUHDxt-0GzL19B78oQyO7qjp_vTKt88c9LUGNgEk2hRKjTrnHi8P1mVUMXyk06STmaNnOeNKRtNiL0B9yyB2waUYaNDPRpTHBT6jA5_NENXCK-2zkAU8NDG-PQV24-9kf6VBpO2r76R4YlEw5fzZ9gU/s1600/3b.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="450" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-_r2irPwXzFA/XtZ8Acg5lvI/AAAAAAAACGg/k9pd6YJX0Z4o13ER0wWwYz6EO25AeaVcgCEwYBhgLKs0DAL1Ocqwy1cc5TOfjOZ5XqbIgZh1OZPHE0T0Nvw2g1u20CEUkLBwDLaE1FSMX1dLwu2gBiVQcWbvkd4vjy0d-x6ERKUpD5NziBAdj4Ql6zSYphlvNxfPM0jMPhTOUO__h_Uw7Z2Gs5Q8sDa3VA8C70WNmQBTq0mPxpHw-n5c-Halsw2VivsCcOmSiqBZQgMpFsfAtpEH436mu603vAwX5xI8rlYGAuoWvjz5Soiy9RW0v8JbV2k9o1l8LGbjhLs3PBCQ5OjdMPL8W16pNTm82bHJHx5F1otzeXhzteeEiSq4E0aKDElb0u1E2JZh6Jw28X6_CQwvv7OUGPOMn5JhlPNbc8TsJl36pO8dXkTRjA2EOZkzWntC0KvlkMhbH3GxusYJulHtl8dW0jMqdAr0UT-_Slw_DKrR7oGh5w1enYcKj-qLNxbAvf60du_AIjIDuKtdFHqR_Yxib3WZnaIAJeNQOXUHDxt-0GzL19B78oQyO7qjp_vTKt88c9LUGNgEk2hRKjTrnHi8P1mVUMXyk06STmaNnOeNKRtNiL0B9yyB2waUYaNDPRpTHBT6jA5_NENXCK-2zkAU8NDG-PQV24-9kf6VBpO2r76R4YlEw5fzZ9gU/s200/3b.jpg" width="142" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
criação das figuras vermelhas por Andócides, onde a superfície é toda
negra e as figuras desenhadas fixam um tom avermelhado vindo da cozedura
do barro dava-lhe grande expressão. As figuras ganham uma construção
naturalista e de grande valor plástico, sendo a cerâmica assinada pelos
seus criadores, o que revela a importância do período clássico na
cerâmica grega.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Imagem do topo: Representação de Dionísio </span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-74613661237763852762020-06-01T09:34:00.000-07:002020-06-04T09:35:05.027-07:00Biblio@rs (XVIII-IX)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXYd9Z6tH3w-xtO7FHwDOn_ZfbiKKD55KUk0zE9pFAAkFcvxyJ1ewMJfV1jLny3AsZmNOd9AVRbm4NlMKxSjymA3-4AAjObUkFRAsjuI0SSC-NFP1D6c_jiGJjJyWEFOMQnkdswNGTk6gR/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="444" data-original-width="640" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXYd9Z6tH3w-xtO7FHwDOn_ZfbiKKD55KUk0zE9pFAAkFcvxyJ1ewMJfV1jLny3AsZmNOd9AVRbm4NlMKxSjymA3-4AAjObUkFRAsjuI0SSC-NFP1D6c_jiGJjJyWEFOMQnkdswNGTk6gR/s320/1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - As manifestações artísticas: </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">a escultura</span></span></span></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">
A ideia que temos é de que a escultura grega exprimiu de uma forma
grandiosa todo o pensamento grego, nesse ideal por uma dimensão humana
feita de harmonia e equilíbrio. Estudar a escultura grega, saber muito
sobre ela não é fácil, pois a maioria delas desapareceu e as que
conhecemos são réplicas romanas, ou ainda pior são cópias de épocas
tardias, pois a Civilização Grega influenciará largos momentos da
História da Humanidade.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
escultura grega foi pensada com um objetivo que a arquitetura também
perseguiu, prestar homenagem às divindades e representá-los à escala
humana, em função das necessidades dos homens. A representação humana
realizada nas esculturas não apresentavam uma figura como ela existia,
mas sim fazia uma idealização que se prendia aos critérios das
proporções de uma harmonia geral. As formas da escultura grega tentam
alcançar o que seria a perfeição na beleza humana.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A
escultura grega passou por diferentes fases, nas quais as suas
características evoluíram. Podemos distinguir as seguintes fases:</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-hYzclIEWkA0/XtUnt_FiQ4I/AAAAAAAACFM/KMtsl5zrn-kGx3NpJkWvoQt4W4LiufElwCLcBGAsYHQ/s1600/Kor%25C3%25A9.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="725" data-original-width="564" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-hYzclIEWkA0/XtUnt_FiQ4I/AAAAAAAACFM/KMtsl5zrn-kGx3NpJkWvoQt4W4LiufElwCLcBGAsYHQ/s200/Kor%25C3%25A9.jpg" width="155" /></a></span></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1 - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Séculos
VIII a V a.C. - Estilo Arcaico - nas suas principais características
encontramos ainda uma postura rígida, frontal , com os braços ainda a
não revelarem movimento, mas ficando pendentes ao longo do corpo.
Nota-se neste período alguma influência da estatuária egípcia, também
ela de construção muito rígida, embora na escultura grega já se
pressintam nos olhos um movimento como quem caminha, uma intenção de
revelar uma dimensão interior. Os <i>Kourai </i>são um dos exemplos desse período. Estas figuras são figuras heróicas existindo também a versão feminina, as <i>Korai</i> </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">que eram imagens de mulheres vestidas para serem colocadas em santuários, ou em túmulos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">2 - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Século
V a.C. - inicia-se neste período uma grande preocupação por representar
o movimento, ao mesmo tempo que se observa a construção das regras das
proporções. Um dos exemplares deste período é a <i>Auriga de Delfos</i>, datada
de 470 a.C., que nos oferece uma representação que parece contemplar o
que observa. A figura parece ter sido imobilizado perante algo, não tem
elementos decorativos e a anatomia humana é representada com muito
cuidado. A representação em bronze de atletas e divindades ajudou a
fixar um movimento e um estilo de escultura. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-y4Ul6r9Jo4c/XtUnZ3WXhdI/AAAAAAAACFE/AsF408vwYsAFnz9S2YB48vTll9H-UKIlwCLcBGAsYHQ/s1600/A%2Bauriga%2Bde%2BDelfos.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="453" data-original-width="350" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-y4Ul6r9Jo4c/XtUnZ3WXhdI/AAAAAAAACFE/AsF408vwYsAFnz9S2YB48vTll9H-UKIlwCLcBGAsYHQ/s200/A%2Bauriga%2Bde%2BDelfos.jpg" width="154" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Neste
período entramos na
fase clássicas em que a Civilização grega nos deu diversas obras primas.
Um novo conceito de representação surge, o chamado contraposto, em que o
corpo fica apoiado numa perna, enquanto a outra flete. A representação
naturalista dos corpos ganha significado e o sorriso ou expressão facial
desaparecem. O Discóbolo de Míron, data do de 450 a.C., é um dos
símbolos desta fase. </span></span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">As obras de <i>Fídias</i> no <i>Pártenon</i>
com a construção em relevo dos frisos e frontões atinge uma expressão
de movimento muito significativo. O naturalismo, a serenidade da
expressão e o equilíbrio da representação dominam a escultura deste
período. Existem diversos trabalhos na Acrópole que acompanham este
período, como por exemplo <i>a estátua de Zeus</i> em Olímpia, ou a representação de <i>Atena</i> no <i>Pártenon</i>. Estas obras são consideradas as maiores construções da escultura do período clássico. </span></span></span></span><br />
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-an3LI6cP2zU/XtUnJ1qOVQI/AAAAAAAACE8/DVBVmvvyufYE32CXmsIxjkLJMg3FMVxoQCLcBGAsYHQ/s1600/V%25C3%25A9nus%2Bde%2B%2BMIlo.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="539" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-an3LI6cP2zU/XtUnJ1qOVQI/AAAAAAAACE8/DVBVmvvyufYE32CXmsIxjkLJMg3FMVxoQCLcBGAsYHQ/s320/V%25C3%25A9nus%2Bde%2B%2BMIlo.jpg" width="168" /></a><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A culminar a perfeição da representação humana, <i>Policleto</i> em 44o a.C., criou <i>O Doríforo </i>que
estabelece a regra da representação humana, o chamado cânone, que era
uma regra sobre as proporções e que tentava construir um equilíbrio na
representação que integrasse o movimento, a harmonia anatómica e a
própria altura da figura representada.</span></span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">3-
No fim do século V a.C. e na transição para o século seguinte fá-se um
novo período designado o segunda fase do idade clássica. As regras
mantêm-se as mesmas do período anterior, mas a representação mais
descontraída, mais ligeira, com uma expressão da sensualidade do corpo
de modos mais efetivo. O humor, o erotismo e a emoção passam por figuras
como <i>Sátiro em descanso</i>, ou <i>Hermes com Dioniso</i>, ambos de <i>Praxiteles</i>.
Ganha-se uma dimensão mais emotiva e perde-se a visão épica, pois a
escultura ganha uma dimensão de movimento ondulante, o que não se
verificava antes.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">4
- A escultura helenística prosseguiu o que a segunda fase do
classicismo grego já tinha construído, a saber o abandono de uma visão
mais racional para uma expressão de sentimento e uma exteriorização das
emoções. Lisipo é a principal figura deste período em que a
exterorização das emoções vai mais longe. Influenciada pelas conquistas
de Alexandre, a escultura grega abandona os valores clássicos da beleza
ideal e explora os sentimentos, como o sofrimento ou a tragédia. <i>A Vénus de MIlo</i> ou <i>O Laocoonte</i> e os seus filhos são obras que representam esta fase.</span></span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O retrato surge na civilização Grega, justamente neste período com <i>Lisip</i>o e a conhecida expressão a <i>Alexandre Magno</i>.
Por fim importa dizer que a principal matéria-prima da escultura grega
foi o mármore, que tinha grandes qualidades para a expressão pretendida.
De todos os mármores usados o mais apreciado era o que vinha de Paros
no mar Egeu, pois a luz tinha a possibilidade de o travessar quando a
escultura tinha até 3, 5 cm de espessura, o que nas tardes solares
gregas deve ter causado grande impressão aos habitantes desta brilhante
civilização.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"></span></span></span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: candara, sans-serif; font-size: 11pt;">Imagens:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"> Apolo, Posídon e Ártemis num dos frisos do Pártenon / Koré de </span></span></span></span></span></span></span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span class="tBJ dyH iFc MF7 pBj DrD IZT swG">Eutidyco </span></span></span></span></span></span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><span class="tBJ dyH iFc MF7 pBj DrD IZT swG"> Auriga de Delfos / Vénus de Milo </span> </span></span></span></span></span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-65647511201330146022020-05-29T09:32:00.000-07:002020-06-04T09:33:53.161-07:00Biblio@rs (XVIII-VIII)<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOdJujlLwHXKqTt7zi90UHy8sO9OZXBaH_GP4QAtKPB0tZSrVXEDEHZo7yyaBClg6PG-AeZv4L1FzZbB6nyR4j5QHuoC_WkEOFKQ9FEKfBeL0lQ4_nAtqDlwbkkeA_KMYhVywSiyhujIJ3/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="720" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOdJujlLwHXKqTt7zi90UHy8sO9OZXBaH_GP4QAtKPB0tZSrVXEDEHZo7yyaBClg6PG-AeZv4L1FzZbB6nyR4j5QHuoC_WkEOFKQ9FEKfBeL0lQ4_nAtqDlwbkkeA_KMYhVywSiyhujIJ3/s400/5.jpg" width="400" /></a></div>
</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - As manifestações artísticas: </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">as ordens arquitetónicas</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"> </span></span></span></span><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Como
temos visto, as cidades-estado da Civilização Grega eram diferentes e
independentes entre si. Existia, no entanto uma ideia de comunidade que
se baseou numa língua, numa afirmação política, num religião e numa
cultura. As cidades-estado procuraram afirmar-se como espaços suportadas
com funcionalidades muito específicas. Se a cidade-estado era uma
expressão de um pensamento, e neste caso da própria razão, a arquitetura
manifestada na construção dos templos também o deveria ser.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">É
o templo aquilo que mais caracteriza esta civilização na arquitetura.
Nela vemos a arte como forma de expressão construída à dimensão do
homem, no sentido de que era edificada não para contemplar deuses, mas
para obter respostas para o próprio homem. Nessa centralidade que
misturava um pensamento misturado de razão e de ideal deram-nos os
gregos templos servidos por uma grande beleza. </span></span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Na
verdade, no questionamento a que se dedicaram para a construção da sua
arte estavam princípios como o belo, a harmonia, o equilíbrio e a
proporção das coisas. Os templos não eram espaços para receber multidões
de fiéis, ou adoradores de uma divindade, mas sim um local de
referência, visto do exterior, como uma dedicatória para a proteção da
cidade-estado. Os templos basearam-se num conjunto de regras suportadas
nas colunas e por isso podemos falar das ordens arquitetónicas.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">Inicialmente
construídos em madeira, os templos passaram a ser construídos em pedra
que se suportava pela junção de grandes blocos. As ordens arquitetónicas
possuíam regras próprias em relação às colunas e aos seus elementos de
suporte, assim como o que se colocava na parte superior dos templos.
Temos assim três ordens arquitetónicas: a dórica, a jónica e a coríntia.</span></span></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek"><br /></span></span></span></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-iMGWISdbzBA/XtEmOzqP5NI/AAAAAAAACBE/qIt8OxMekYAh_CpcQ4bttuC1JwrA45o4gCLcBGAsYHQ/s1600/d%25C3%25B3rica.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="255" data-original-width="319" height="159" src="https://1.bp.blogspot.com/-iMGWISdbzBA/XtEmOzqP5NI/AAAAAAAACBE/qIt8OxMekYAh_CpcQ4bttuC1JwrA45o4gCLcBGAsYHQ/s200/d%25C3%25B3rica.jpg" width="200" /></a></div>
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5yLJGgdTdjA/XtEmVV777qI/AAAAAAAACBM/zI8evZ2M23oh5QFmxp36x2vQjaJLwlDBQCPcBGAYYCw/s1600/j%25C3%25B3nica.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="200" height="168" src="https://1.bp.blogspot.com/-5yLJGgdTdjA/XtEmVV777qI/AAAAAAAACBM/zI8evZ2M23oh5QFmxp36x2vQjaJLwlDBQCPcBGAYYCw/s200/j%25C3%25B3nica.png" width="200" /></a><br />
<ul><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3jeoF9O5J_o/XtEmj5o7a9I/AAAAAAAACBY/Q00s3FZ0P1EqHrPV79jdYanBAr4EcnGjgCLcBGAsYHQ/s1600/cor%25C3%25ADntia.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="201" data-original-width="204" height="197" src="https://1.bp.blogspot.com/-3jeoF9O5J_o/XtEmj5o7a9I/AAAAAAAACBY/Q00s3FZ0P1EqHrPV79jdYanBAr4EcnGjgCLcBGAsYHQ/s200/cor%25C3%25ADntia.jpg" width="200" /></a>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
odem dórica - trata-se da ordem mais antiga e é também a mais
importante. O Pártenon, dedicado a Atena, na acrópole de Atenas é um dos
seus grandes símbolos. A ordem dórica surge no século VII a.C., e era a
mais simples e aquela que não era decorada. Não tinha motivos
ornamentais e está ligada aos Dórios que foram um povo que habitou a
Grécia e que tinha uma organização guerreira da sociedade. A coluna não
tem uma base e é construída na junção de 4 a 8 módulos de altura. </span></span></span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
ordem jónica - esta ordem existiu quase ao mesmo tempo que a dórica.
Nasce no século VI a.C., tendo sido trazida das ilhas do mar Egeu pelos
Jónios, outro povo que compôs a Civilização Grega. Está mais ligada a
uma visão feminina, ou a uma ideia feminina, pois revela proporções mais
harmoniosas e é decoradas com belos elementos. Ao contrário da dórica, a
jónica possui uma base e o friso no cimo tem uma decoração esculpida na
pedra. A ordem jónica tem outra diferença muito importante que é a de
ter um capitel (o que fica na parte superior da coluna) com duas
pequenas ondas interiores (volutas) que tendem a imitar um rolo de
papel. Um dos grandes exemplares desta ordem é o Pórtico das Caríatides,
também em Atenas. </span></span></span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">A
odem coríntia - esta ordem começa a ser utilizada no século IV a.C., e é
uma evolução da ordem jónica. Mantêm a elegância e um sentido muito
claro das proporções, com um trabalho muito rico na própria coluna. O
capitel é muito trabalhado e apresenta uma decoração muito rica com
folhas de acanto que são acompanhadas com um movimento circular, a
imitar um rolo de papel (as volutas) quer já eram conhecidas na ordem
jónica. A orem coríntia foi a mais exuberante e será aquela que os
romanos irian adotar em grande número, no seu império. O templo de Zeus
em Atenas é um dos grandes símbolos desta ordem arquitetónica.</span></span></span></span></li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "candara" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><span class="Unicode" lang="grc-Latn" style="text-decoration: none; white-space: normal;" title="ISO 843 Greek">magem: O Pártenon (Acrópole de Atenas, em honra da deusa Atena - ordem dórica). </span></span></span></span></div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8666800560859944636.post-50522192002685552192020-05-28T09:31:00.000-07:002020-06-04T09:32:32.076-07:00Biblio@rs (XVIII-VII)<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">A Civilização Grega - As manifestações artísticas - o desporto (os jogos olímpicos II)</span></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Já
tínhamos falado sobre o papel essencial dos Jogos Olímpicos na cultura
grega e na vida das cidades-estado. Falemos agora um pouco sobre as
diferentes atividades desportivas e como se organizavam os sete dias das
competições desportivas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">De um modo simples o calendário dos Jogos Olímpicos estava alinhado do seguinte modo:</span></span></div>
<ul style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9nRIU1eGcYiAIofsj1Fq7Qjdu7Zm3Lvwza0l9hpfKou7N2r0dFad7cqyi8Rw7TJK4b9XQfRb-uOAC9SMMLw-ZOFk7fHX-aWN4mFH0jSMSSYdrQO8fIDje9m5A3ym745xBmcZuOL-xpu0/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9nRIU1eGcYiAIofsj1Fq7Qjdu7Zm3Lvwza0l9hpfKou7N2r0dFad7cqyi8Rw7TJK4b9XQfRb-uOAC9SMMLw-ZOFk7fHX-aWN4mFH0jSMSSYdrQO8fIDje9m5A3ym745xBmcZuOL-xpu0/s1600/4.jpg" /></a>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1.º dia - Oferta dos sacrifícios a Zeus e juramento dos atletas;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">2.º dia - Realização de diversos rituais religiosos; </span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">3.º dia - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> Realização de c</span></span>orridas pedestres e estafetas;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">4.º dia - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> Realização do </span></span>Pentlato</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">5.º dia - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> Realização</span></span> de diversas lutas gregas: Luta, Pugilismo e Pancrácio;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">6.º dia - </span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> Realização de </span></span>Corridas de cavalos e de carros;</span></span></li>
<li><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">7.º dia - Consagração dos vencedores.</span></span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">Nos
dois primeiros dias concentravam-se os rituais religiosos, onde se
destacavam as oferendas e sacrifícios em honra do Deus a que era
dedicado os jogos, Zeus. Nestes dois dias os atletas faziam os
juramentos das regras com que se realizavam os jogos. Após o juramento
realizavam-se algumas provas para organizar o agrupamento dos atletas,
em função das categorias que iam disputar. No final desta
pré-qualificação, os atletas despiam-se e eram ungidos com azeite. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">O
terceiro dia era reservado às competições pedestres e das estafetas.
Realizavam-se diferentes tipos de provas. Existam corridas de 400 e 5000
metros, e esta última funcionava como prova de estafetas. Corriam com
um obeto pesado, o <i>hopplita</i>, o que tornava estas provas difíceis. Estas eram a únicas provas em que os atletas não estavam despidos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">No quarto dia realizavam-se as provas do Pentlato, e que estavam organizadas em cinco modalidades:</span></span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">1.
salto em comprimento; 2. lançamento do disco; 3. lançamento do dardo;
4. luta e 5. corrida. Neste dia reuniam-se as provas mais apreciadas
pelos espetadores. </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">No
quinto dia reuniam-se as provas de luta, nomeadamente o Pugilismo e
Pancrácio. Estas competições reuniam um tipo de lutas que exigiam uma
boa preparação física com uma substantiva flexibilidade do corpo. Em
algumas das lutas o atleta tinha a cabeça protegida por um capacete de
bronze. Alguns combates eram muitos violentos, com destaque para o
Pancrácio, pois as regras de proteção eram muito limitadas, num combate
que misturava a luta corpo a corpo com o boxe. Muitas vezes um dos
atletas acabava por falecer e nesse sentido era uma das piores das lutas
que se realizavam nos Jogos Olímpicos.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;">No
sexto dia realizavam-se as corridas de cavalos e de quadrigas. Existia
um espaço próprio para essas corridas, o hipódromo. Finalmente no sétimo
e último dia era feita a consagração dos atletas que tinham participado
nos jogos. Os vencedores eram consagrados num banquete, onde eram
anunciados os vencedores. Neste anúncio destacava-se a sua linhagem, a
sua família e a sua cidade. Os vencedores eram coroados com um coroa de
oliveira e encaminhavam-se para agradecer e homenagear o deus dos jogos,
justamente, Zeus. Como já vimos, os vencedores eram aclamados na sua
cidade, onde ficavam com o estatuto de heróis, que acabaria por se
integrar nos valores culturais dos gregos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOVQMWdR2ia_FSNTLfyJ2zOvU_7FyXFoGYAg_8oKGRPkKohN1qWmB9Sye4-ytQlVCdSil4d9W0rjcW-ixpoTPop_kjczxuUFub_nTTxe7aWOkiPuGcPCAoT5qh-S_6IM1jOrmjFIBX7qSb/s1600/4a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="600" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOVQMWdR2ia_FSNTLfyJ2zOvU_7FyXFoGYAg_8oKGRPkKohN1qWmB9Sye4-ytQlVCdSil4d9W0rjcW-ixpoTPop_kjczxuUFub_nTTxe7aWOkiPuGcPCAoT5qh-S_6IM1jOrmjFIBX7qSb/s320/4a.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "candara" , sans-serif; font-size: 14px; text-align: center;"> </span></span></div>
</div>
Luís Camposhttp://www.blogger.com/profile/16633363885764461982noreply@blogger.com0