(A campanha de Delgado em 1958 à Presidência da República)
Lembramos
os cinco e seis anos da frase enigmática "Obviamente demito-o", de Humberto Delgado sobre o sombrio presidente do conselho do Estado Novo, aquando da comapanha eleitoral de 1958. A recordação de um homem que
tendo vivido no interior do Estado Novo soube como adido nos Estados
Unidos compreender que uma das facetas do homem moderno é a liberdade.
Em 1958, como candidato da oposição congregaria um mar de esperança e de
agitação no País, contra a máscara de Salazar que se impunha à própria
realidade. Um tributo à coragem de um homem de contrastes, que
contribuiu para renovar um regime isolado da modernidade e do progresso.
Lembremos a sua coragem, mas também a hipocrisia que anos volvidos aquando da sua morte, as palavras sonolentas, o estilo clerical, a banalidade do pensamento do ditador que por inacreditável no tom e na bolorenta espessura se ouvem hoje dos grandes pensadores alinhados ao pensamento ultra-conservador de uma direita sem valores de humanidade.
O país continua como nesse tempo a não fazer parte da civilização, olha para ela e imagina-se nela, mas é só mais uma ilusão, construída pelos contos de fadas que os novos e esclarecidos media fazem da soturnidade de uma coisa a que chamam o presente. Sob as cores aparentes da modernidade, das aplicações Hi-Tech, dos fatos de lustre da moda, a mesma sonolenta capacidade de olhar o real, sem brilho e com as formulações de outros tempos.
Lembremos a sua coragem, mas também a hipocrisia que anos volvidos aquando da sua morte, as palavras sonolentas, o estilo clerical, a banalidade do pensamento do ditador que por inacreditável no tom e na bolorenta espessura se ouvem hoje dos grandes pensadores alinhados ao pensamento ultra-conservador de uma direita sem valores de humanidade.
O país continua como nesse tempo a não fazer parte da civilização, olha para ela e imagina-se nela, mas é só mais uma ilusão, construída pelos contos de fadas que os novos e esclarecidos media fazem da soturnidade de uma coisa a que chamam o presente. Sob as cores aparentes da modernidade, das aplicações Hi-Tech, dos fatos de lustre da moda, a mesma sonolenta capacidade de olhar o real, sem brilho e com as formulações de outros tempos.
Imagem, in kontratempos.blogspot.com
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