segunda-feira, 15 de junho de 2015

Um governo de medo e mentira (IX) - Os think tank

Evita o olhar dos mortais que o rodeiam
Esconde-se em mentiras que mesquinhas serpenteiam
 - GNR (Valsa dos Detetives)

A esquerda que se diz, mas que apenas pretende imitar os seus gostos de luxo e ostentação, não compreende que todo o quadro civilizacional de regresso ao País salazarento está  a processar-se por uma ideia de visão do mundo contra as pessoas e de favorecimento exclusivo de minorias privilegiadas. Esta esquerda, a que o PS pertence por exclusão de partes é incapaz de compreender de como antes de qualquer ideia torna-se necessário saber o que queremos. Quando não se sabe para onde se quer ir, fazem-se todos os erros que são conhecidos. O governo de ultra-direita, o neoliberalismo da banca e dos privados sabe muito bem onde quer chegar, à diplomacia social de Salazar. 


Neste processo um exército de pensadores elevados, sim e de uma coerência ética de primeiro plano alimentam esta rapina aos direitos das pessoas e à própria substância social e económica do Estado. Os CTT, a TAP, O Oceanário, ou os transportes colectivos de Lisboa são só uma forma de entregar aos amigos os privilégios e os lucros, no triunfalismo de quem tudo pode. Raptadas as instituições do Estado, com papel decisivo para o Presidente da República, simples eco do governo, esquecidas as instituições intermédias, sossegadas em consciências de domingos sem ética, como a Igreja, o pobre País é vendido para o sorriso do cinismo dos que todos os dias provam a grandeza dos seus hábitos.

Na Quadratura do Círculo Lobo Xavier e Jorge Coelho (23 de Abril de 2015) revelam como o País está entregue à indiferença de o pensar e ao privilégio de tudo controlarem pelo dinheiro e influência. O sorriso cínico do primeiro quando se desmonta a visão do mundo encharcado apenas pelo dinheiro dá-nos muito das mentiras de um exército que nos media, escondidos em comentadores sábios atiram contra qualquer ideia que não seja o proveitoso lucro de quem sabemos, os do costume. 

Em Jorge Coelho revela-se a incapacidade de compreender o que é uma dinâmica social e confunde análise com propaganda. Regista Max Weber, como uma receita, sem compreender o que significa pensar e estruturar a organização social. Nas entrelinhas, a autocracia de direita impões formas únicas, colocando em formas de direito divino, as suas pretensões ideológicas. A usura da dignidade emula em discursos de circunstância, a tirania social. A esquerda, ou a que a eleva em bandeiras de pouca convicção, como o PS dorme o sono da intransigência, do quase nada em que se levanta, de um País de pessoas sem futuro.

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