Nasceu a 10 de maio de
1913, em Lisboa e passou pela vida cultural do País de então como um
cometa onde a declamação da palavra alcançou níveis grandiosos. Foi
actor e encenador, mas recordamo-lo, sobretudo como declamador de
poesia, dando a um País cinzento as palavras de Miguel Torga, Fernando
Pessoa ou José Régio de uma forma genial.
Num País de grande pobreza e analfabetismo e de horizontes culturais limitadíssimos fez na RTP programas onde prestou um serviço educativo de grande alcance. É significativo que hoje, nos tempos vazios da modernidade, não exista um programa de poesia, um espaço da palavra, mas antes contínuas formas circulares entre a caridade de pacotilha e as maniestações de uma pobreza musical que em todas as tardes vedetas de ocasião enchem o espaço televisivo.
Não é excessivo dizer que cinquenta e três anos depois do seu desaparecimento físico, ninguém conseguiu suplantar os valores emotivos e de transcendência que as palavras de diversos poetas com ele alcançaram. Até Mário Viegas que foi o maior da sua geração e tantos nos deu em palavras, teve dificuldade em igualar a genialidade das palavras dita por Villaret. E também a doçura. Era um homem simples que nos ofereceu tanto quando caminhavamos nesse país desero que foi o salazarismo.Uma evocação do seu talento, num poema de Rudyard Kipling, "Se".
Num País de grande pobreza e analfabetismo e de horizontes culturais limitadíssimos fez na RTP programas onde prestou um serviço educativo de grande alcance. É significativo que hoje, nos tempos vazios da modernidade, não exista um programa de poesia, um espaço da palavra, mas antes contínuas formas circulares entre a caridade de pacotilha e as maniestações de uma pobreza musical que em todas as tardes vedetas de ocasião enchem o espaço televisivo.
Não é excessivo dizer que cinquenta e três anos depois do seu desaparecimento físico, ninguém conseguiu suplantar os valores emotivos e de transcendência que as palavras de diversos poetas com ele alcançaram. Até Mário Viegas que foi o maior da sua geração e tantos nos deu em palavras, teve dificuldade em igualar a genialidade das palavras dita por Villaret. E também a doçura. Era um homem simples que nos ofereceu tanto quando caminhavamos nesse país desero que foi o salazarismo.Uma evocação do seu talento, num poema de Rudyard Kipling, "Se".
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