«Não
só o Porto foi feito à medida dos seus habitantes como também estes
parecem feitos à estrita medida da cidade. Desrazoável, intransigente e
generosa.» (1)
É
dos encantos de uma cidade que faz da sua individualidade a forma de se
afirmar no País e no mundo. É um local de uma geometria de sons que nos
encanta sempre que podemos lá passar. É um cubo que tem apostado na
diversidade da oferta musical, mas também na ambição dos que ali têm
encantado com o seu métier de artistas.
É
verdade que abriu muito tarde. A ausência de um fosso de orquestra
impede a existência de peças de ópera e a dança não tem tido grande
destaque, mas o que fez pela cidade, pela criação cultural, pela
envolvência na cidade merece o devido destaque, neste seu quinto
aniversário. É na verdade, um belíssimo espaço de cultura, que abriu a
participação de novos espaços de criação musical e foi para a cidade uma
oportunidade à sua medida, à sua dimensão, à sua natureza.
Nos nove anos da sua inauguração destque para a 8ª edição do Festival Música & Revolução que percorrem momentos marcantes da História contemporânea tendo a participação dos diversos agrupamentos da Casa da Música. Com a temática Música e Conflito serão evocados ligados ao princípio do século XX, com destaque para a partitura de Monteverdi de 1624, a celebração composta por Biber para o Carnaval de Salzburgo em 1673, a música de Fernando Lopes-Graça escrita para o Futuro Pacífico do Mundo de 1986 ou ainda a Música para os reais fogos-de-artifício de Händel ou o O Cântico Eterno de Janáček, entre outros. Mais informações. Aqui.
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