quarta-feira, 12 de março de 2014

Dos dias da Beat Generation

"My fault, my failure, is not in the passions I have, but in my lack of control of them".

A doze de Março de  1922 nascia no Massachussets uma criança que se tornaria num dos ícones da beat generation e de culto do movimento hippie na 2ª metade da década de sessenta. Estudou num colégio jesuíta chegando à Universidade de Columbia pela sua participação em classes de desporto e onde encontrou alguns dos livros que marcariam asua obra, em especial Jack London.

Kerouac escreveu em Pela Estrada Fora um Manifesto sobre a aventura da descoberta individual, a experimentação de novas formas de integração no mundo que foram em muito o que o flower power tentou concretizar. Escrito em três semanas num fôlego de grande intensidade, deu às palavras a condução das experiências do quotidiano que acabaria por transmitir ao livro uma forma de respiração muito especial.
O impato do livro revelou a Kerouac uma dimensão psicológica que não o habilitava para conviver no seio do mundo literário e a sua tentativa para um novo romance não foi muito bem sucedida. “The Dharma Bums" lançado em 1958 procura integrar as ideias do budismo e dá-nos também  a procura de um encontro espititual. 

O alcoolismo, as fronteiras da educação dada pela mãe entre valores conservadores e a sua fuga para uma representação diferente do quotidiano conduziu-o a uma vida de solidão, retratada no livro "Big Sur" e  confirmou-lhe um conjunto de ilusões que não soube responder do melhor modo. A sua vida tal como as ideias que ajudou a formular, estavam em 1969 no ocaso do velho sonho, de que tudo era possível. O movimento hippie chegaria também ao fim e Keuroac ficou como um dos símbolos dessa possibilidade sonhada por uma conjunto de jovens.

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