quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Livros e Leituras - O Estado de Nova Iorque

"Quem planeou uma cidade assim? Um lugar onde podes ser quem quiseres teria de estar sempre para lá do humano. (...) O antigo centro do mundo é quase uma cidade para arqueólogos exercitarem as suas teorias sobre cidades afundadas e coleccionarem curiosidades de Babilónias, Granadas e Pompeias atlânticas". 

Tudo girava em torno das suas perguntas:
- Acreditas em Deus? E em que Deus? Já pensaste no que vais fazer no teu último dia? Em vez das perguntas tradicionais:
- Acreditas em mim? Gostas de mim? Gostas da minha terra? És meu amigo? Vais lembrar-te de mim?
Confias em mim? Vais amar-me para sempre? (...)

Não apontes para as montanhas se não tens possibilidades de trazer as montanhas até ti, não comeces uma linha à qual não conheces o fim, não digas o que fizeste se ainda não fizeste nada nestas coordenadas. Ajusta o teu nome às circunstâncias, tudo pode ser conversível. (...)

Um bosque, uma clareira, o Outono nas folhas das árvores, o relvado que se estende por vários hectares, o carreiro para as bicicletas, o lago (...) sentes uma alegria por estares de volta a um lugar tão imprevisível. Gostar de grandes cidades não é um sentimento pacífico"

Tiago, Patrício, O Estado de Nova Iorque, páginas. 23, 29, 39,61, 84 e 131)

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