segunda-feira, 22 de junho de 2020

Biblio@rs (XVIII-XIX)

A Civilização Grega - o belo como representação (VIII)
 
"Está já pronto outro vinho, que garante que jamais
abandona ao barro o cheiro a mel da sua flor.
No meio, uma árvore de incenso desprende um sacro aroma;
a água está fresca, doce e pura.
Aqui temos os pães e a mesa sumptuosa,
carregada de queijo e de pingue mel.
Ao meio, o altar está todo coberto de flores.
A música festiva domina o ambiente.
Ao deus devem os homens sensatos entoar primeiro um hino,
com ditos de bom augúrio e palavras puras.
Depois de fazer as libações e preces para procederem
com justiça — pois isso é a primeira lisa —
não é insolente beber até ao ponto de se poder voltara casa
sem ajuda de um escravo, a menos que se seja muito idoso."
Xenófanes de Cólofon (séc. VI-V a. C.) - Hélade, Antologia de Cultura Grega. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira.
Imagem: Apolo e as Ninfas, de François Girardon (1666-73), na Gruta de Apolo, em Versalhes

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