A Civilização Grega (800 a 500 A. C.) - A
geografia
O
Mediterrâneo viu nascer um conjunto de civilizações que contribuíram para a
identidade cultural de diferentes países e que a Europa transmitiria e viveria
durante muitos séculos. Ainda hoje vivemos sob um conjunto de referências,
desde a religião, ao pensamento à tecnologia que emergiram nas civilizações do
Mediterrâneo.
A
Europa como unidade cultural, como espaço de língua e de história é devedora da
herança de um conjunto de Civilizações que nasceram no Mediterrâneo.
Cartagineses, Fenícios, Egípcios, Romanos e Gregos deram formas e expressão a
ideias, a saberes, a costumes num espaço geográfico e cultural a que chamamos o
Mediterrâneo. Foi neste mar que rodeia o sul da Europa e norte de África que
contacta a orienta com a Arábia e a ocidente comunica com o Atlântico pelo
estreito de Gibraltar que entre o século VIII e V a. C., uma civilização muito
especial deu forma a uma maneira de viver o Mediterrâneo e o mar.
A
Civilização Grega inaugura um período de grande importância e valor cultural na
evolução das sociedades humanas, o Período Clássico. Com esta civilização o modo
de viver alterou-se profundamente e foram deixadas influências que chegaram aos
nossos dias de um modo muito vivo.
Aquilo
a que chamamos a Grécia do Período Clássico é na sua dimensão geográfica algo
diferente do País que hoje tem esse nome. A Grécia atual não tem acesso às
costas da Ásia Menor, pois esse território pertence à Turquia e a ilha de
Chipre fazia parte da Grécia do Período Clássico. O espaço onde nasceu a
Civilização Grega era composto por uma parte continental, que se situava junto
ao Mediterrâneo, na parte mais a sul da Península Balcânica e por um conjunto
disperso de ilhas, nos mares Egeu e Jónico.
A
Grécia era assim banhada pelo Mediterrâneo e tinha a norte um conjunto de
montanhas, sendo o relevo muito acidentado, irregular, com encostas, montanhas
e poucas planícies férteis. O seu clima era quente no verão e suave no inverno
e com pouca precipitação.
A
Civilização Grega nasceu assim de algumas dificuldades económicas, de alguma
pobreza de recursos e da possibilidade de grande abertura que o Mediterrâneo à
sua frente lhe podia proporcionar.
Assim
a sociedade, a economia e a organização política favoreceu a construção de
pequenos aglomerados. Tal como em outras civilizações do Mediterrâneo, na
agricultura os cereais, a vinha e o azeite representavam características
essenciais da cultura grega.
A
expansão grega dá-se a partir do século VIII a.C., e irá alargar-se até ao século V a.C., por
grandes áreas no Mediterrâneo. A colonização da parte continental e as zonas ao
longo dos mares Mediterrâneo e Negro permitiram fundar colónias que eram
semelhantes às cidades-estado, forma política da Civilização Grega. Foi no
entanto, na Grécia continental que surgiu uma nova civilização em todo o seu
esplendor, como formas novas de olhar o Homem e a Sociedade.
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