terça-feira, 8 de março de 2016

Vinte anos de poder - o regresso do passado

O poder basta-se a si próprio alimentado pela sua cegueira, pela sua autoridade, pelos seus privilégios, pelos seus rituais de sobrevivência de influências, pelo esquecimento do rosto das pessoas. Em dias intermináveis um homem construiu um poder para si, na pura forma cinzenta de uma cidadania sem país, sem pessoas, sem cultura. E por uma vez, por uma vez apenas temos essa alegria da despedida de quem não soube ver que pessoas tinha à sua frente, que esquecimento organizava o que não cabia no bolso ideológico de um passado sem futuro, de um presente sem qualidades. O futuro será diferente? Não sei. Possivelmente com algumas graçolas. O País mudará? Não nasceu ainda a irreverência de pensar nas praias tristes de um povo, cuja não história se faz de intermitências de passado sem futuro. Por um dia, por um dia apenas, é sempre reconfortante ver sair quem não conheceu, não procurou conhecer o que importava mudar. O rosto da beleza e a esperança.

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