Foi o consenso em orno deste bem-estar - liberdade, trabalho, Estado social e lazer - que permitiu a estabilidade política, estabilidade que, num aparente paradoxo, levou à destruição desse mesmo consenso. Quer isto dizer que os direitos em Portugal dependem de fortes lutas sociais. E os momentos de estabilidade política, o maior dos quais entre 1987 e 2010, foram os momentos de erosão dos mesmos direitos, pela confiança que a população depositou no Estado e pela escassez de activismo político que deu carta-branca ao poder. Sem esse compreensão é impossível sabermos de onde vimos e para onde vamos. (p. 33)
Para onde vai Portugal é um livro que tenta combinar o ensaio com a análise histórica procurando discutir que caminhos de sociedade se podem concretizar nos futuros anos. O livro inicia-se com o lançamento de uma questão, para onde vai o País? O livro procura oferecer um conjunto de reflexões sobre as possibilidades de um desenvolvimento económico ou de manter e agravar a regressão social. Procura analisar o significado político do Estado social e de como o emprego é uma ferramenta de desenvolvimento do País. Para onde vai Portugal faz uma análise sobre um dos mistérios da história contemporânea portuguesa, a baixa participação política dos portugueses e o modo como as organizações sindicais não conduzem uma participação de denúncia de injustas agregando pessoas em movimentos de protestos. O livro organiza-se nos seguintes capítulos:
- Cap. 1 - Tudo o que é sólido desfaz-se no ar;
- Cap. 2 - Para onde vai Portugal?;
- Cap. 3 - O "Memorando de Entendimento": acumulação por expropriação;
- Cap. 4 - Para que serve um Estado se não é social?;
- Cap. 5 - Pão e poesia, sexo e amor: o espectro da humanidade.
- Cap. 6 - De onde vimos?
Para onde vai Portugal procura
muito discutir os fundamentos de uma sociedade bloqueada. Procura incentivar a construção de linhas de relacionamento de sociedade de maior partilha e discussão com as pessoas. Neste sentido promove muito um diálogo ao serviço de um compromisso social transformador. Discute os valores e os costumes e a necessidade de prevenir conflitos sociais que se irão avolumar por uma caminho que tem sido o de capturar a riqueza do trabalho e dá-lo a grupos controlados ao poder.
Esquece um pouco os aspectos simbólicos, como os que Eduardo Lourenço ou José Gil têm enunciado, um real que não se assume no quotidiano. É sem dúvida um livro sobre caminhos que importa pensar. As eleições legislativas são momentos de escolhas e as propostas de Raquel Varela dão um imenso contributo para que sejamos uma sociedade decente e solidária para com os famintos e os audazes de caminhos de felicidade. O livro revela um conhecimento profundo da História Contemporânea e isso dá-lhe linhas de análise que fundamentam um caminho que importa analisar e construir.
Foi o consenso em orno deste bem-estar - liberdade, trabalho, Estado social e lazer - que permitiu a estabilidade política, estabilidade que, num aparente paradoxo, levou à destruição desse mesmo consenso. Quer isto dizer que os direitos em Portugal dependem de fortes lutas sociais. E os momentos de estabilidade política, o maior dos quais entre 1987 e 2010, foram os momentos de erosão dos mesmos direitos, pela confiança que a população depositou no Estado e pela escassez de activismo político que deu carta-branca ao poder. Sem esse compreensão é impossível sabermos de onde vimos e para onde vamos. (p. 33)
Para onde vai Portugal é um livro que tenta combinar o ensaio com a análise histórica procurando discutir que caminhos de sociedade se podem concretizar nos futuros anos. O livro inicia-se com o lançamento de uma questão, para onde vai o País? O livro procura oferecer um conjunto de reflexões sobre as possibilidades de um desenvolvimento económico ou de manter e agravar a regressão social. Procura analisar o significado político do Estado social e de como o emprego é uma ferramenta de desenvolvimento do País. Para onde vai Portugal faz uma análise sobre um dos mistérios da história contemporânea portuguesa, a baixa participação política dos portugueses e o modo como as organizações sindicais não conduzem uma participação de denúncia de injustas agregando pessoas em movimentos de protestos. O livro organiza-se nos seguintes capítulos:
Para onde vai Portugal procura
muito discutir os fundamentos de uma sociedade bloqueada. Procura incentivar a construção de linhas de relacionamento de sociedade de maior partilha e discussão com as pessoas. Neste sentido promove muito um diálogo ao serviço de um compromisso social transformador. Discute os valores e os costumes e a necessidade de prevenir conflitos sociais que se irão avolumar por uma caminho que tem sido o de capturar a riqueza do trabalho e dá-lo a grupos controlados ao poder.
Esquece um pouco os aspectos simbólicos, como os que Eduardo Lourenço ou José Gil têm enunciado, um real que não se assume no quotidiano. É sem dúvida um livro sobre caminhos que importa pensar. As eleições legislativas são momentos de escolhas e as propostas de Raquel Varela dão um imenso contributo para que sejamos uma sociedade decente e solidária para com os famintos e os audazes de caminhos de felicidade. O livro revela um conhecimento profundo da História Contemporânea e isso dá-lhe linhas de análise que fundamentam um caminho que importa analisar e construir.
Esquece um pouco os aspectos simbólicos, como os que Eduardo Lourenço ou José Gil têm enunciado, um real que não se assume no quotidiano. É sem dúvida um livro sobre caminhos que importa pensar. As eleições legislativas são momentos de escolhas e as propostas de Raquel Varela dão um imenso contributo para que sejamos uma sociedade decente e solidária para com os famintos e os audazes de caminhos de felicidade. O livro revela um conhecimento profundo da História Contemporânea e isso dá-lhe linhas de análise que fundamentam um caminho que importa analisar e construir.
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