quarta-feira, 5 de março de 2014

O Homem novo dizem eles...


«A noite vai bem avançada. Dá-me um fósforo». (1)

Sempre me pareceu um mistério como milhares viram a opressão do ser humano, a destruição da individualidade uma porta aberta ao futuro e ao progresso. Gerações sucessivas acharam que aprisionar e matar eram elementos capazes de transformar a sociedade humana no melhor das suas conquistas, por onde a triste História finalemente terminaria. Na verdade ainda temos muitos nesta barricada de ilusões, os de lá que vêem grandeza ou há manisfestações imperiais e os de cá formados nos caderninhos vermelhos.

Sebald que dedicou a vida a restaurar os fragmentos dos que no século XX viveram sobre os efeitos do trauma, que tiveram de partir e de resistir em novas geografias, construindo memórias sobre o esquecimento, deu-nos alguns exemplos dos homens e mulheres que regressaram da morte, para contar uma história angustiante sobre os valores humanos do século XX.

Vale a pena registar os sessenta e um anos da morte de um ditador que se dedicou a organizar das mais violentas formas de sociedade do século XX. Socialismo, Proletariado, redudâncias que conduziu ao aprisionamento de milhares de pessoas, à sua morte, onda a dignidade humana não cabia. Essa história individual está ainda por fazer. É importante levantar esses fragmentos dessa ilusão com que alguns ainda sonham. 

Num tempo de desprezo pela memória e de afiliação a interesses medíocres e a formas de ver o mundodegradantes deve ser lembrado esse caminho feito onde supostamente os operários e os trabalhadores reconstruiriam uma ordem justa e libertária d euma sociedade nova. Foi apenas e só a forma suprema de ignomínia que o século XX, se revestiu no autoritarismo absoluto sobre o indivíduo. Aplicação irracional da vonatde de um chefe e de uma nomenklatura que conduziu milhares a uma vida sem horizonte e sem direito à vida.

Em muitas latitudes se confundiu a dinidade humana com essa palavra mítica, «revolução», onde mais não foi que a exploração mais baixa da humanidade. Nela se aplicou uma ideia "científica" de socialismo, onde as pessoas e a vida não contavam. Ainda há quem defenda que a teoria era execelente. Não se repetindo a História, ela como memória deve-nos colocar de prudência para todas as formas onde o indivíduo deixa de ser a alma de uma Humanidade consciente da sua dignidade.

(1) Lu Yan, Melancolia

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