"Shuddering I shall cry:
what for and why
did my people die?"
(Itzhak Katzenelson I Had a Dream)
what for and why
did my people die?"
(Itzhak Katzenelson I Had a Dream)
É
uma história amarga, a maior delas. É uma narrativa impossível de explicar,
pois não há nela nenhuma racionalidade, apenas a emoção que uma selvajaria
animal ainda se faz transportar dentro de algo humano, uma humanidade clonada
de formas sem espírito. Passou-se ao som de criações elevadas da capacidade de
sublimar a vida, a música, a arte e a literatura.
É
uma história mil vezes repetida, mas nunca a perceberemos verdadeiramente, nunca
saberemos explicar porque a morte de milhões de pessoas pôde ser uma alegria,
uma sinfonia de vontades vitoriosas. Nunca compreendermos esse esquecimento, essa indiferença da cultura ao sofrimento e à morte que a grande parte da sociedade alemã protagonizou. E pouco temos aprendido, pois residem entre nós, nas coloridas televisões, nas rádios de risos de
plástico a construção por mugglins, de pensamento que diz que nos dizem que a memória é uma
ocupação de falhados. Dessas vitórias do empreendorismo, feito do utilitarismo com que novos iluminados
habitam no conforto dos gadgets sem ideal humano.

Após
dois mil anos de sujeição, de incompreensão, alguns judeus perceberam que
apenas lutando poderiam gritar o que sentiam, e tentar, apenas tentar mudar a
sorte talhada nos campos de extermínio a que uma sociedade alemã, promessa de
um desenvolvimento económico decidia encolher os ombros. Não dizia Heiddeger,
o filósofo da imanência do ser que "as mãos de Hitler eram de uma
beleza insuperável"?
Lembremos
pois esses poucos, que nos mostraram no gueto de Varsóvia que a luta é a melhor
forma de defender o que somos, e que embora divididos como o estavam em grupos
e movimentos souberam lutar, heroicamente, na Passover, por uma dignidade contra
os que apenas os queriam aniquilar.
Fazem
hoje setenta e três anos sobre esse levantamento no gueto de Varsóvia e essa luta
de grandeza pela dignidade humana. É possível conhecer esta luta e o que foi a
vida no gueto de Varsóvia, naquilo que foi o trabalho desenvolvido pelo
historiador Emmanuel Ringelblum e que permitirá mais tarde criar o HolocaustResearch Project. Pela sua vertente pedagógica e informativa, também de
grande relevo o UnitedStates Holocaust Memorial Museum.
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