
Temos com frequência verdadeiros apaixonados pela educação. Gente política criada nos alforges partidários que nos prometem toda a dedicação a uma questão que trará dias novos à capacidade de as pessoas pensarem e exprimirem as suas ideias, formalizando a sua participação cívica. Hannah Arendt explicou que a verdade e a política sofrem de uma incompatibilidade insuperável, pois a mentira é um aceitável recurso para o exercício da governação.
Teríamos a sociedade civil, os que generosamente pela sua maior riqueza decidissem participar na construção de valores comunitários, na formulação de associações que se dediacam ao bem comum, fazendo-o com sentido de missão. E aqui a educação poderia mais uma vez ser uma nobre causa. O capitalismo associa-se mal nos espírtos pobres a uma dimensão de consciência social. Os capitalistas em Portugal são só isso, capitalistas. Não se lhes conhece verdadeiros projectos de solidariedade social. Acumulam capital como a praia grãos de areia.
George Lucas é um exemplo de quem investiu uma parte da sua fortuna feita a partir desse sonho planetário de contar aventuras, Star Wars, num projecto de uma dimensão que vale a pena destacar, a Edutopia. Pensado para crianças até aos doze anos, propõe todo um mundo de descobertas e oportunidades no planeta da aprendizagem. É uma plataforma para docentes, pais, gestores darem o seu contributo para uma melhoria significativa na aprendizagem.
Edutopia congrega ideias vindas da investigação em ciências sociais e educação, e onde a aprendizagem com base em projectos, a aprendizagem designada de envolvência emocional e os acessos aos novos suportes digitais são contemplados de forma muito significativa. Edutopia é uma platforma com excelentes recursos para promover a inovação, as competências para uma motivação para a aprendizagem ao longo da vida e como as literacias se podem trabalhar para uma participação e envolvência cívica. Daqui a alguns séculos talvez consigamos que os merceeiros do costume percebam alguma coisa de valores e de cidadania.
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