
que ficarei para sempre
arquejando no teu corpo,
na orla infinita da tua mão,
no teu ombro, que é uma espada.
Na tua língua, que é a minha.
Só o teu coração saberá
se é
promessa ou ameaça,
mas ficarei para sempre
e basta.
("Mesmo que as tuas velas gelem").
Lourdes Espínola é uma poeta, crítica literária e jornalista natural de Assunção, Paraguai, onde nasceu em nove Fevereiro de 1954. Com uma formação diversificada nas áreas da Ciência, da Biologia e da Literatura tem representado o Paraguai em programas de leitura em diferentes universidades dos Estados Unidos e desempenhado o corpo de conselheira cultural do Paraguai em diferentes países europeus.
Lourdes Espínola publicou mais de uma dezena de livros, com destaque para Timpano Y silencio (Alcantara Editora, Paraguai); La Estrategia dell Caracol (Manrique Zago Editores, Buenos Aires); Encre de Femme (Indigo Editions, Paris), Les Mots du Corps (Indigo, Paris) ou ainda Desnuda en la palavra /Ediciones Torremogias, Madrid). Com tradução em várias línguas, a sua obra tem recebido diferentes prémios literários, como o Prémio Sigma Delta Pi (E.U.A.), o Prémio La Porte des Poètes (França) e o Prémio Nacional de Poesia Herib Campos Cervera (Paraguai).
Nesta edição da Glaciar e com tradução de Albano Martins esta 1ª edição procurou associar-se aos 205 anos de independência do Paraguai. Lourdes Espínola trata na sua obra da siuação da mulher, reflectindo sobre o corpo e a condição amorosa. As formas de exercício de liberdade e da condição da mulher no mundo actual é uma temática frequente na sua obra.
Lourdes Espínola. (2016). As núpcias silenciosas. Lisboa: Glaciar. -
(Cadernos de poesia).